Impasse na saúde pública de Caçapava se mantém
A reunião entre a Prefeitura de Caçapava e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, realizada nesta terça-feira (11), terminou sem qualquer tipo de acordo para encerrar a greve dos funcionários da Fusam, o hospital público da cidade. O impasse persiste e afeta diretamente os serviços de saúde oferecidos à população.
Decisão dos trabalhadores após a assembleia
Logo após a reunião frustrada com representantes do município, o Sindserv convocou uma assembleia geral com os trabalhadores para comunicar os resultados das negociações. Diante da falta de avanços concretos, os servidores tomaram a decisão unânime de manter a paralisação e intensificar as denúncias sobre o que classificam como "descaso da administração municipal com o serviço público de saúde de Caçapava".
Em nota oficial divulgada após a assembleia, o sindicato deixou claro que os trabalhadores não recuarão da greve enquanto não houver uma solução satisfatória para o conflito que já se estende por vários dias.
Origem do conflito e tentativas anteriores
A paralisação teve início no dia 3 de novembro, motivada por uma mudança no benefício do vale-alimentação dos funcionários. Enquanto a Fusam e a Prefeitura alegam que a alteração foi necessária devido a irregularidades identificadas pela Procuradoria do município na forma como a refeição era oferecida, o sindicato contra-argumenta que a alimentação no hospital fazia parte de um acordo coletivo previamente estabelecido.
Esta não foi a primeira tentativa de resolver o impasse. No dia 6 de novembro, uma audiência na Justiça também foi realizada, mas terminou sem qualquer tipo de acordo entre as partes, mantendo o cenário de confronto que agora se agrava.
Determinação judicial e impacto nos serviços
Durante o período de greve, uma determinação judicial exige que 75% dos servidores permaneçam em atividade, garantindo o funcionamento mínimo do hospital público. No entanto, a situação preocupa tanto os trabalhadores quanto a população que depende exclusivamente dos serviços da Fusam para atendimento de saúde.
O impasse na Fusam de Caçapava representa mais um capítulo nas dificuldades enfrentadas pelo serviço público de saúde no interior paulista, com trabalhadores e administração municipal em lados opostos em uma disputa que afeta diretamente o bem-estar da comunidade.