Idosa de 65 anos é agredida com coronhada de fuzil por PM em Nilópolis
Idosa agredida com fuzil por policial militar na Baixada

Uma idosa de 65 anos foi vítima de uma agressão grave por parte de um policial militar na noite de quarta-feira (17), em Nilópolis, região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Gláucia da Silva foi atingida no peito com uma coronhada de fuzil desferida pelo 1º sargento Mosar Rocha dos Santos Junior, conforme registrado em vídeo por testemunhas. O caso gerou comoção e está sendo investigado.

Detalhes da agressão e sequência de fatos

De acordo com o relato da neta da vítima ao g1, a família havia assistido à partida entre Flamengo e Paris Saint-Germain em um bar. No retorno para casa, a idosa percebeu que havia perdido as chaves e pediu que um sobrinho voltasse ao estabelecimento para procurá-las.

Ao chegar ao local, Gláucia viu o sobrinho sendo abordado por policiais na porta do bar. Ela se aproximou para explicar que o homem era comerciante e trabalhador. Testemunhas afirmam que o sargento estava exaltado e em discussão. As imagens, amplamente divulgadas, mostram o momento em que o policial golpeia a idosa com o fuzil na direção do peito, fazendo-a cair ao chão.

"Foi então que o policial, sem qualquer motivo aparente, golpeou-a com o fuzil, fazendo-a cair no chão. Ela não ofereceu resistência e não representava qualquer ameaça", afirmou a neta. No vídeo, é possível ouvir o policial dizer "fica pra trás" e "pode filmar" após a agressão.

Consequências para a vítima e andamento do caso

A idosa, que sofreu a queda e machucou o braço, passou por atendimento médico na quinta-feira (18) devido às fortes dores. No hospital, precisou tomar injeções para a dor e continuou com medicação na sexta (19). Ela também realizou exame de corpo de delito na 57ª DP (Nilópolis), conforme solicitado pela investigação.

Além das lesões físicas, a família relata um profundo trauma emocional. "Ela fica toda hora chorando de vergonha porque nunca precisou passar por essa exposição, nem ir na delegacia", contou a neta. A família exige justiça: "Minha vó é uma idosa indefesa. Eu quero que o policial seja punido de acordo com a lei e que minha avó seja tratada com respeito e dignidade".

Posicionamento da Polícia Militar

Em nota oficial, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que foi instaurado um procedimento apuratório para analisar a conduta do militar. Como medida administrativa preventiva, o policial foi identificado e afastado das atividades operacionais.

A corporação afirmou que o procedimento interno visa apurar os fatos e adotar as medidas disciplinares cabíveis, ressaltando que "não compactua com desvios de conduta ou excessos" e que atua com responsabilidade e transparência nesses casos, assegurando o devido processo legal.

O caso, que chocou moradores da Baixada Fluminense, segue sob investigação, aguardando as conclusões da Corregedoria da PM e das autoridades policiais civis.