O Paraná registrou uma redução significativa nos casos de feminicídio no ano de 2025. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp) mostram uma queda de 15% no número de assassinatos de mulheres motivados por questões de gênero.
Números da redução e estratégias de combate
Em termos absolutos, o estado passou de 93 registros de feminicídio em 2024 para 79 em 2025. A Sesp credita essa diminuição ao trabalho contínuo do programa "Mulher Segura", uma iniciativa lançada em 2023 que já alcançou todos os municípios paranaenses.
O programa atua em várias frentes, com destaque para palestras educativas que abordam diferentes públicos:
- "Mulher Segura" (público misto): Aborda conceitos sobre violência contra a mulher, o ciclo da violência e suas diversas formas, utilizando situações cotidianas para ilustrar as apresentações.
- "De Homem Para Homem": Voltada especificamente para o público masculino, mantém o mesmo teor educativo sobre o tema.
- "Mulher Segura para Adolescentes": Leva a discussão para um público mais jovem, promovendo a conscientização desde cedo.
Ações policiais e canais de denúncia
Além do trabalho preventivo com palestras, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) tem intensificado sua atuação direta nas comunidades. Os agentes realizam visitas para estabelecer contato próximo com as mulheres, oferecendo suporte e informações.
A corporação também executa o atendimento pós-delito, com base nos boletins de ocorrência registrados tanto na PM quanto na Polícia Civil. As denúncias, que podem ser anônimas, são recebidas pelo canal 181 Disque Denúncia.
Fiscalização de medidas protetivas
Outra ação fundamental da PMPR é a fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência, determinadas pelo Poder Judiciário para proteger mulheres em situação de risco. Essas visitas buscam garantir a efetividade das ordens judiciais e a segurança das vítimas.
Os dados, anunciados em dezembro de 2025, apontam para um caminho promissor no combate a um dos crimes mais graves contra a população feminina. A estratégia combinada de educação, prevenção, repressão e fiscalização parece estar gerando os primeiros resultados concretos no estado.
