Jovem finge morte para escapar de tentativa de estupro em Hortolândia
Jovem finge morte para escapar de estupro em Hortolândia

Uma jovem de 23 anos usou a astúcia para sobreviver a uma violenta tentativa de estupro em Hortolândia, no interior de São Paulo. O caso ocorreu na noite do último domingo (30), por volta das 22h, no bairro Vila Real. A vítima, que voltava do trabalho, sofreu agressões físicas graves, mas conseguiu enganar o agressor ao se fingir de morta.

A armadilha sob a passarela

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, a mulher passava por baixo de uma passarela na Avenida Anhanguera quando foi abordada por um homem desconhecido. O suspeito utilizou uma artimanha cruel para atraí-la: afirmou que havia um bebê abandonado nas proximidades e a convenceu a acompanhá-lo até o suposto local.

Ao chegarem ao destino, a jovem percebeu que não havia nenhuma criança. Imediatamente, o homem partiu para o ataque. A vítima relatou à polícia que o agressor começou a desferir socos no seu rosto e tentou esganá-la, em uma ação de extrema violência.

A estratégia de sobrevivência

O ataque se intensificou quando o suspeito arrastou a jovem por um trecho da avenida e tentou remover suas roupas para cometer o abuso sexual. Foi neste momento crítico que a vítima, percebendo o perigo iminente, teve uma ideia desesperada. Ela parou de reagir e se fingiu de morta, na esperança de que o criminoso interrompesse a agressão.

A estratégia funcionou. Assustado com a possibilidade de ter cometido um homicídio, o homem fugiu do local, deixando a jovem gravemente ferida, mas viva. A ocorrência foi registrada como tentativa de estupro e lesão corporal.

Atendimento médico e investigações

Com várias lesões pelo corpo, a vítima conseguiu buscar ajuda e foi socorrida para o Hospital Mário Covas, em Hortolândia. No pronto-socorro, ela recebeu os cuidados médicos necessários e, após o tratamento, teve alta.

A Polícia Civil já deu início às investigações do caso. Foi solicitado o exame de corpo de delito para documentar as lesões e coletar provas técnicas. Os agentes buscam por imagens de câmeras de segurança na região da Avenida Anhanguera e por testemunhas que possam ajudar a identificar e prender o suspeito, que segue foragido.

O caso reacende o alerta para a segurança pública em vias urbanas, especialmente no período noturno, e destaca a vulnerabilidade a que muitas mulheres estão expostas no trajeto entre o trabalho e suas casas.