Uma decisão judicial acaba de colocar a Vivo contra a parede no Maranhão. A operadora foi notificada pela Justiça Federal para apresentar, em até 15 dias, um plano emergencial detalhado com medidas concretas para melhorar a qualidade dos serviços de telefonia no estado.
Pressão do Ministério Público surte efeito
A medida é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que vinha recebendo inúmeras reclamações de consumidores maranhenses sobre falhas constantes nos serviços da operadora. Os problemas incluem:
- Quedas frequentes na conexão
- Lentidão na internet
- Dificuldades no atendimento ao cliente
- Falta de transparência nas informações
O que o plano precisa conter
De acordo com a decisão do juiz federal José Raimundo Rodrigues Filho, o plano emergencial deve especificar claramente:
- Metas de melhoria com prazos definidos
- Investimentos previstos em infraestrutura
- Ações imediatas para resolver os problemas mais críticos
- Mecanismos de compensação para usuários afetados
Multa por descumprimento
A Justiça estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil caso a Vivo descumpra o prazo ou não apresente um plano considerado satisfatório. O valor será revertido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Problema crônico no estado
Os serviços de telefonia no Maranhão, especialmente em regiões do interior, são historicamente problemáticos. A Anatel já havia registrado um aumento significativo nas reclamações contra a Vivo no estado nos últimos meses.
"Esta decisão judicial representa uma vitória importante para os consumidores maranhenses que há muito tempo sofrem com serviços precários", destacou o procurador responsável pela ação.
Agora, a bola está com a Vivo. A operadora tem até o final do mês para mostrar à Justiça e à população do Maranhão como pretende resolver definitivamente os problemas que afetam milhares de usuários em todo o estado.