As autoridades equatorianas e espanholas realizaram uma operação conjunta que resultou na prisão de um dos criminosos mais procurados da América Latina. Wilmer Geovanny Chavarría Barre, conhecido como Pipo, foi capturado neste domingo (16 de novembro de 2025) em território europeu.
O criminoso que fingiu a própria morte
De acordo com o presidente do Equador, Daniel Noboa, que anunciou a captura em sua conta no X, Pipo utilizou diversas artimanhas para escapar da justiça. O líder do Los Lobos simulou sua morte, adotou uma nova identidade e se refugiou na Europa, de onde continuou comandando atividades criminosas em seu país de origem.
Noboa descreveu a captura como um golpe significativo contra o crime organizado, destacando que se tratava do criminoso mais procurado da região.
Os números assustadores do comando de Pipo
Segundo informações do ministro do Interior, John Reimberg, as estatísticas ligadas a Pipo são alarmantes. O líder criminoso é responsabilizado por aproximadamente 400 homicídios durante seu período de atuação.
Mais impressionante ainda é que, de acordo com as investigações, Pipo comandou operações criminosas diretamente da prisão entre 2011 e 2019, demonstrando a extensão de sua influência mesmo quando estava atrás das grades.
A ascensão do Los Lobos no cenário criminal
Com a extradição do líder do grupo rival Los Choneros para os Estados Unidos, o Los Lobos se consolidou como a maior organização criminosa do Equador. A facção atua em múltiplas frentes ilícitas, incluindo:
- Tráfico de drogas internacional
- Homicídios por encomenda
- Mineração ilegal de ouro
Além disso, o grupo mantém parceria com o Cartel Jalisco Nueva Generación do México para controle de rotas de narcotráfico. A organização também foi vinculada ao assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio em 2023, um crime que chocou o país.
Em setembro deste ano, os Estados Unidos haviam classificado o Los Lobos como organização terrorista estrangeira, a mesma designação dada aos seus rivais do Los Choneros, evidenciando a gravidade da ameaça representada pelo grupo.
