Dois irmãos foram formalmente indiciados pela Polícia Civil do Tocantins, nesta segunda-feira (15), acusados de cometer estelionato contra uma empresa agropecuária. O prejuízo causado ao negócio foi calculado em R$ 90 mil, após uma fraude envolvendo a superfaturamento de um contrato de serviços eletrônicos.
O esquema de superfaturamento descoberto
De acordo com as investigações, a fraude ocorreu no final de junho de 2025. A mulher, de 26 anos, era funcionária fixa da empresa agropecuária e tinha a responsabilidade de elaborar orçamentos para compras. Aproveitando-se dessa posição de confiança, ela passou a manipular os valores para beneficiar uma empresa recém-aberta, pertencente ao seu irmão de 24 anos.
O contrato firmado com a empresa do irmão foi no valor de aproximadamente R$ 180 mil, destinado à instalação de dispositivos eletrônicos. Conforme relatou o delegado José Lucas, após receber a primeira parcela, equivalente à metade do valor combinado, o suspeito desapareceu sem executar nenhum dos serviços prometidos.
Dinheiro do golpe foi perdido em apostas online
O plano dos dois irmãos começou a desmoronar quando se tornou impossível a entrega dos equipamentos. As apurações da Polícia Civil revelaram um detalhe crucial: o dinheiro adiantado pela empresa agropecuária foi totalmente perdido pelo irmão em jogos de aposta online. Essa situação deixou os suspeitos sem condições financeiras de cumprir o contrato, expondo a fraude.
O delegado José Lucas foi enfático ao comentar o caso. "A mulher, valendo-se da confiança que detinha dos patrões, sobretudo por ser funcionária fixa da empresa, tinha o dever de agir com lisura e integridade, mas optou por tentar auferir lucro de forma ilegal, em conluio com o irmão", frisou.
Processo segue para o Ministério Público
Com o inquérito policial concluído, o caso foi encaminhado ao Ministério Público do Tocantins e ao Poder Judiciário para as próximas etapas processuais. Os dois irmãos, cujos nomes não foram divulgados pelas autoridades, responderão judicialmente pelo crime de estelionato.
A investigação destacou que a empresa do irmão, favorecida no processo licitatório interno, sequer possuía capacidade técnica ou operacional para realizar o serviço contratado, configurando uma tentativa clara de desvio de recursos através de conluio familiar.