A Polícia Civil do Distrito Federal desmantelou uma operação de golpe financeiro aplicado por criminosos que se passavam por um delegado da corporação. A ação resultou na prisão de um homem de 37 anos no Rio Grande do Sul, suspeito de integrar o esquema que lesou vítimas em Sobradinho.
Modus operandi da fraude
O grupo criminoso atuava criando perfis falsos em redes sociais para atrair as vítimas. Uma vez estabelecido o contato, os golpistas inventavam uma história complexa: alegavam que a pessoa havia trocado mensagens com menores de idade e que os pais das crianças haviam registrado um boletim de ocorrência.
Para dar mais credibilidade à farsa, os criminosos se identificavam como o delegado Ricardo Viana, da 35ª Delegacia de Polícia de Sobradinho II. Em seguida, partiam para a intimidação, ameaçando as vítimas com prisão caso não realizassem transferências bancárias para supostamente resolver o caso.
Vítimas e prejuízo financeiro
Até o momento, as investigações apontam que quatro moradores de Sobradinho foram lesados pelo mesmo golpe. O prejuízo total somado pelas vítimas chega a R$ 27 mil. As autoridades acreditam que o número de afetados possa ser maior e seguem com as apurações para identificar outras possíveis vítimas.
Operação e desdobramentos
A prisão do suspeito de 37 anos ocorreu no Rio Grande do Sul, em uma ação que contou com a cooperação entre as polícias do DF e do estado sulista. Um dado alarmante levantado pelos investigadores é que suspeitos de aplicar o mesmo tipo de golpe estariam atuando de dentro do presídio de São Leopoldo, também localizado no Rio Grande do Sul.
Isso indica uma possível organização criminosa que opera o esquema de dentro do sistema prisional, utilizando celulares clandestinos para aplicar os golpes à distância. A Polícia Civil reforça que nunca solicita valores em dinheiro para resolver casos ou evitar prisões e orienta a população a desconfiar de qualquer contato com essa finalidade.
As investigações continuam para identificar e capturar os outros integrantes do grupo. A expectativa é que novas prisões ocorram nos próximos dias, à medida que os rastros digitais deixados pelos criminosos sejam rastreados.