O município de Plácido de Castro, localizado no Acre e com uma população estimada em pouco mais de 16 mil pessoas, registrou a maior taxa proporcional de mortes do estado em 2024. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 10, referentes às Estatísticas do Registro Civil, a cidade contabilizou 6,3 óbitos para cada grupo de mil moradores.
Ranking estadual e comparações
O índice de Plácido de Castro superou os registros de outros municípios acreanos. Santa Rosa do Purus e Epitaciolândia aparecem em seguida no ranking, ambas com taxas de 6,1 mortes por mil habitantes. É crucial entender que este indicador não reflete o número absoluto de óbitos, mas sim a proporção em relação ao tamanho da população de cada localidade, permitindo uma comparação mais justa entre cidades de portes diferentes.
Entre as cidades mais populosas do Acre, Cruzeiro do Sul e a capital Rio Branco apresentaram a mesma taxa em 2024: 5,2 mortes por mil habitantes. Rio Branco tem uma população estimada em 364.756 pessoas, enquanto Cruzeiro do Sul abriga cerca de 91.888 moradores.
Outros municípios que registraram taxas elevadas foram:
- Senador Guiomard: 5,6 óbitos por mil
- Assis Brasil: 5,4 óbitos por mil
- Brasiléia: 5,3 óbitos por mil
- Capixaba: 5,1 óbitos por mil
- Feijó: 5,0 óbitos por mil
Municípios com os menores índices
Por outro lado, localidades com menor concentração populacional ficaram com as taxas mais baixas do estado. Porto Walter lidera com o menor índice, registrando apenas 1,9 morte por mil habitantes. Na sequência, aparecem Jordão, com 2,2, e Marechal Thaumaturgo, com 2,5 óbitos por mil moradores.
A lista de municípios abaixo da média estadual inclui ainda Rodrigues Alves (3,3), Acrelândia (3,6), Bujari (3,8) e Manoel Urbano (4,3).
Tendência nacional e envelhecimento da população
Os números do Acre reforçam uma tendência observada em anos anteriores. Em 2021, o estado já havia registrado uma redução de 5,8% no número total de mortes comparado ao ano anterior, embora o patamar ainda permanecesse acima da média nacional naquele período.
Em âmbito nacional, o Brasil contabilizou 1,5 milhão de mortes em 2024, um aumento de 4,6% em relação a 2023. Desse total, 93% foram causadas por motivos naturais, um reflexo direto do processo de envelhecimento da população brasileira.
O IBGE destaca que 72% de todos os óbitos no país ocorreram entre pessoas com 60 anos ou mais. Esta faixa etária concentrou o maior crescimento no número de mortes, com um aumento de 5,6% frente a 2023. O instituto explica esse movimento demográfico pela combinação de menos nascimentos e maior longevidade, resultando em uma concentração cada vez maior de pessoas em idades onde o risco de morte é naturalmente mais elevado.