Brasileiros de Rio das Ostras são presos na Argentina por suspeita de ligação com Comando Vermelho
Brasileiros presos na Argentina ligados ao Comando Vermelho

Três brasileiros naturais de Rio das Ostras, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foram presos na Argentina em uma operação que investiga suas conexões com uma das maiores facções criminosas do Brasil: o Comando Vermelho.

As detenções ocorreram na última sexta-feira (31) e representam mais um capítulo no combate ao crime organizado transnacional. De acordo com as investigações, os suspeitos atuavam como elo de ligação entre a facção brasileira e organizações criminosas argentinas.

Operação internacional contra o narcotráfico

As prisões foram resultado de uma ação coordenada entre as polícias da Argentina e do Brasil. Os três homens, cujas identidades ainda não foram totalmente reveladas, são investigados por seu envolvimento em rotas internacionais de tráfico de drogas.

Fontes policiais indicam que o grupo seria responsável por facilitar o envio de cargas de cocaína da Argentina para o Brasil, além de coordenar o fluxo de armas e dinheiro entre os dois países.

Perfil dos investigados

Os detidos têm entre 25 e 38 anos e são todos residentes de Rio das Ostras. As investigações apontam que eles mantinham uma rede de contatos em ambos os lados da fronteira, aproveitando-se da mobilidade permitida pelo Mercosul para suas atividades ilícitas.

"Estamos diante de uma operação que demonstra a sofisticação das organizações criminosas atuais", explicou um delegado envolvido no caso, que preferiu não se identificar.

Expansão do Comando Vermelho no exterior

Esta não é a primeira vez que integrantes do Comando Vermelho são presos em operações internacionais. A facção, que nasceu nas prisões do Rio de Janeiro nos anos 70, tem expandido sua atuação para outros países da América do Sul nos últimos anos.

Especialistas em segurança apontam que a internacionalização do crime organizado representa um dos maiores desafios para as agências de inteligência da região. A cooperação entre países se torna cada vez mais essencial para combater essas redes transnacionais.

Os três brasileiros permanecem detidos na Argentina e aguardam os próximos passos do processo judicial. As autoridades dos dois países continuam colaborando nas investigações para desmantelar completamente esta rota criminal.