Justiça dá prazo para Prefeitura de SP apresentar plano contra enchentes; Nunes contesta
Justiça dá prazo para SP apresentar plano contra enchentes

A cidade de São Paulo enfrenta mais um capítulo na crônica das enchentes, mas desta vez com um novo elemento: a intervenção do Poder Judiciário. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a gestão do prefeito Ricardo Nunes apresente, em até 15 dias, um plano detalhado com ações emergenciais e de médio prazo para enfrentar o problema das inundações na capital.

Omissão da prefeitura é citada na decisão

Em sua decisão, o desembargador citou explicitamente a "omissão" do poder público municipal no enfrentamento das enchentes que afetam regularmente milhares de paulistanos. A sentença representa uma vitória para organizações da sociedade civil que haviam acionado a Justiça exigindo medidas concretas.

O que a Justiça está exigindo:

  • Apresentação de diagnóstico completo das áreas mais vulneráveis
  • Plano de ações emergenciais para o período de chuvas
  • Projetos de médio e longo prazo para prevenção
  • Cronograma detalhado de implementação
  • Orçamento específico para as ações

Prefeitura contesta e defende suas ações

Em nota oficial, a administração municipal contestou a decisão judicial, argumentando que já desenvolve diversos programas para mitigar os efeitos das chuvas. A gestão Nunes destacou investimentos em:

  1. Ampliação do sistema de drenagem
  2. Desassoreamento de rios e córregos
  3. Programas de alerta meteorológico
  4. Obras de infraestrutura em áreas críticas

"A prefeitura ressaltou que as ações de prevenção a enchentes são permanentes e que mantém equipes de plantão 24 horas durante o período chuvoso", informou a assessoria de imprensa.

Problema histórico que se repete

São Paulo convive há décadas com o drama das enchentes, especialmente nas periferias e áreas mais vulneráveis. A estação chuvosa de verão transforma-se em um período de apreensão para milhares de famílias que sofrem com alagamentos, perdas materiais e, em casos extremos, mortes.

A decisão judicial surge em um momento crucial, quando a cidade se prepara para enfrentar mais um verão com previsão de chuvas intensas. O cumprimento do prazo estabelecido pelo TJ-SP será acompanhado de perto pela população e pelas organizações que moveram a ação.

O desfecho deste embate entre Judiciário e Executivo municipal pode definir novos rumos para uma das questões urbanas mais críticas da maior metrópole do país.