Incêndio de R$ 40 milhões em barracão de autopeças em Maringá teve início com faíscas de solda
Fogo destrói barracão de autopeças e causa prejuízo milionário

Um grande incêndio destruiu completamente um barracão de uma distribuidora de autopeças para caminhões no último domingo (14), em Maringá, no norte do Paraná. O fogo, que começou por volta das 16h, consumiu máquinas, mercadorias e o telhado de metal, deixando a estrutura de alvenaria instável. Apesar da gravidade, não houve vítimas feridas.

Origem do fogo e destruição total

Conforme relatos de testemunhas ao Corpo de Bombeiros, o incêndio teve início a partir de faíscas de solda, enquanto pessoas trabalhavam no local. As chamas se alastraram rapidamente, gerando uma densa e escura coluna de fumaça que pôde ser vista de diversos pontos da cidade. O barracão, que possui 1700 metros quadrados, foi locado pela empresa para centralizar sua operação de distribuição.

Maquinários, estoque e o telhado foram totalmente perdidos. A tenente do Corpo de Bombeiros, Hanna Yuri, explicou que o local foi isolado devido ao alto risco de desabamento. "Isolamos o local para ninguém acessar, pois o grande perigo é a insegurança da estrutura. Duas paredes ficaram bastante inclinadas, com risco de queda", afirmou. A perícia técnica contratada pela empresa irá apurar as causas oficiais do sinistro.

Prejuízo milionário e falta de seguro

O advogado da empresa, Emerson Farias, revelou que o prejuízo estimado é de R$ 40 milhões. A tragédia ocorreu em um momento crítico para o negócio: o setor de telemarketing do barracão teria uma inauguração social na próxima quarta-feira (17) e iria abrigar 50 funcionários. Todo o estoque de uma filial em Sinop (MT) havia sido trazido para Maringá.

Um dos fatores que agrava a situação é que os maquinários e o imóvel não tinham seguro. De acordo com o advogado, a empresa tentou contratar uma apólice, mas o proprietário do barracão não forneceu a documentação exigida pela seguradora a tempo, mesmo com o contrato de locação afirmando ter todas as liberações dos órgãos competentes.

Impacto na empresa e funcionários

Apesar do golpe, a empresa, que também tem filiais em Itajaí (SC) e Sinop (MT), não estuda decretar falência. No entanto, a operação em Maringá representava 70% de suas atividades. "São famílias que agora podem ficar desamparadas, pois talvez a empresa não tenha como pagar. Talvez esse mês consiga, mas não sabe o mês que vem como vai ficar", disse Farias, acrescentando que qualquer ajuda será bem-vinda.

Os proprietários, que são de Maringá, tinham recentemente optado por centralizar a distribuição na cidade, importando peças da China que chegavam pelo porto de Itajaí. Agora, o futuro da operação local e dos empregos é incerto, enquanto a empresa avalia as possibilidades jurídicas para se recuperar do prejuízo milionário.