Empresária sem CNH atropela e mata idosa de 89 anos em faixa de pedestre em Niterói
Empresária sem carteira atropela idosa em faixa em Niterói

A Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias de um atropelamento fatal ocorrido na tarde da última quarta-feira (4), no bairro de Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A vítima, uma idosa de 89 anos, morreu no local após ser atingida em uma faixa de pedestre.

Detalhes do acidente e investigação

O fato aconteceu em um dos cruzamentos mais movimentados da Zona Sul de Niterói, entre as ruas Lopes Trovão e Ator Paulo Gustavo. Segundo as investigações da 77ª DP (Icaraí), a condutora do veículo envolvido é a empresária Gabriela Castellani Pinto, de 46 anos. Um dado crucial levantado pela polícia é que ela não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A vítima foi identificada como Solange Therezinha de Almeida e Albuquerque Azevedo Marques. Ela sofreu um traumatismo craniano grave após ser atingida pelo carro, um Volkswagen Nivus, e não resistiu aos ferimentos. Um policial militar que registrou a ocorrência no local afirmou que, após o acidente, o veículo foi entregue a um homem identificado como Paulo Figueiredo da Silva.

Envolvimento político e andamento do caso

Gabriela Castellani é casada com Luiz Carlos Gallo, vereador de Niterói pelo Cidadania, que atualmente acumula o cargo de secretário municipal de Esporte e Lazer. Gallo exerce mandato como vereador há nove legislaturas consecutivas.

O caso está sendo tratado legalmente como homicídio culposo na direção de veículo automotor. Os investigadores apontam que a pena pode ser aumentada devido a dois agravantes: a ausência de habilitação da motorista e o fato de o atropelamento ter ocorrido em faixa de pedestre. A polícia busca imagens de câmeras de segurança da região para reconstituir os momentos exatos do acidente.

Posicionamento da prefeitura

Procurada para se manifestar sobre o caso, uma vez que envolve a esposa de um secretário municipal, a Prefeitura de Niterói se limitou a informar que não caberia à gestão responder aos questionamentos. A assessoria alegou que o atropelamento não foi causado por integrante do governo e nem envolveu veículo oficial, concluindo que o caso "não tem relação com a gestão municipal".

A defesa de Gabriela Castellani Pinto foi procurada pela reportagem, mas até o momento não se pronunciou publicamente sobre as acusações. A investigação segue em andamento para apurar toda a responsabilidade pelo trágico evento.