Em uma decisão que impacta diretamente as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o governo americano publicou uma Ordem Executiva suspendendo tarifas de importação para diversos produtos brasileiros. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (14) e surge como resultado direto das negociações entre representantes dos dois países.
Reunião diplomática precede decisão
A suspensão tarifária acontece apenas um dia após o encontro entre Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, e Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil. Os diplomatas se reuniram para discutir o chamado "tarifaço" americano e buscar soluções para as questões comerciais entre as nações.
Após o encontro, Marco Rubio declarou: "Reuni-me com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Departamento. Discutimos assuntos de importância mútua e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil".
Produtos beneficiados e impacto inflacionário
A Casa Branca especificou que a Ordem Executiva elimina as tarifas de importação para alimentos como café, carne, banana e açaí. Esses produtos vinham exercendo pressão sobre a inflação norte-americana, um dos fatores que motivaram a revisão da política tarifária.
De acordo com Mauro Vieira, durante as conversas, Marco Rubio mencionou comentários positivos do presidente Donald Trump sobre seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Malásia. O líder americano manifestou interesse em avançar na solução das questões comerciais entre os dois países.
Expectativas brasileiras
A diplomacia brasileira mantém a expectativa de que a suspensão seja estendida para todas as tarifas de 50% aplicadas sobre produtos nacionais. O governo Lula espera que mais itens do Brasil sejam incluídos na lista de exceções do "tarifaço" americano nas próximas etapas das negociações.
Esta decisão representa um avanço significativo nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, abrindo caminho para novas negociações e potencial expansão do comércio bilateral entre as duas maiores economias das Américas.