O ministro do Turismo, Celso Sabino, se encontra em um momento decisivo de sua trajetória política. Com um processo de expulsão do União Brasil avançando para sua fase final, o parlamentar paraense busca agora diretrizes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir seu futuro partidário e eleitoral.
Processo de expulsão e resistência na Esplanada
A situação de Sabino no União Brasil ficou insustentável após ele resistir às ordens da cúpula do partido. As lideranças da sigla pediram que ele deixasse o cargo no Ministério do Turismo, uma vez que a legenda, que antes integrava a base de apoio ao governo, iniciou um processo de distanciamento do Palácio do Planalto.
Diante da recusa do ministro em atender a essa determinação, o partido, sob o comando de Antônio Rueda, deu andamento ao processo de expulsão do aliado de Lula. Paralelamente a essas movimentações internas, Celso Sabino manteve-se no comando da pasta do Turismo, demonstrando a complexidade do embate entre lealdade partidária e posição no governo federal.
O plano para 2026 e as conversas com legendas de centro
Enquanto resolve seus problemas com o União Brasil, Sabino já traça planos para as eleições de 2026. O objetivo declarado do ministro é concorrer a uma vaga no Senado Federal. Para isso, ele já iniciou conversas com dirigentes de partidos de centro que possam abrigar sua candidatura no próximo pleito.
A decisão final sobre qual legenda irá abraçar e qual cargo exatamente disputará, contudo, dependerá de um alinhamento direto com o presidente Lula. Sabino tem afirmado a interlocutores que ouvirá o petista para definir os próximos passos de sua carreira, indicando que a relação com o Planalto será fundamental em sua estratégia.
Um futuro definido no Palácio do Planalto
O cenário coloca Celso Sabino em uma posição de negociador entre sua sobrevivência política imediata e seus projetos de longo prazo. A expulsão do União Brasil parece ser uma questão de tempo, mas ela abre portas para uma realocação em outra sigla alinhada com o centro do espectro político.
O fato ocorrido em 6 de dezembro de 2025 marca um ponto de virada. A decisão de permanecer no governo contra a vontade de seu partido de origem agora exige uma solução eleitoral que deve ser costurada com a aprovação da presidência da República. O destino político do ministro do Turismo, portanto, será decidido não apenas nas instâncias partidárias, mas também nos gabinetes do poder central.
