Defesa de Bacellar nega vazamento após prisão de desembargador por Moraes
Defesa de Bacellar se manifesta sobre acusações de vazamento

A defesa do deputado afastado e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, emitiu uma nota oficial para rebater as acusações de que ele teria vazado informações sigilosas de uma investigação. A manifestação ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a prisão do desembargador Macário Ramos Neto, nesta terça-feira (16 de dezembro de 2025), com base em mensagens trocadas entre os dois.

Mensagens revelam "relação de intimidade" segundo a PF

De acordo com a Polícia Federal, as mensagens apreendidas durante as investigações demonstram uma "relação de intimidade" entre Bacellar e o desembargador Macário Neto. Esse contato próximo é apontado pelas autoridades como um canal potencial para o vazamento de dados sigilosos relativos às apurações contra o ex-deputado TH Joias, do MDB.

O material serviu de base para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que não apenas decretou a prisão do magistrado, mas também já havia determinado medidas restritivas contra Bacellar anteriormente.

Defesa do parlamentar nega veementemente as acusações

Em nota assinada pelos advogados Daniel Bialski e Roberto Podval, a defesa de Rodrigo Bacellar se posicionou. O texto afirma que "o parlamentar sempre se colocou à disposição para evidenciar seu não envolvimento nos fatos noticiados".

Além disso, os advogados negaram categoricamente qualquer participação do deputado em tentativas de "inibir ou embaraçar qualquer investigação". A defesa sustenta a inocência de Bacellar e sua disponibilidade para colaborar com a Justiça.

Cronologia do caso e medidas restritivas

O caso teve um novo capítulo com a prisão do desembargador, mas as investigações envolvendo Bacellar têm data anterior. No começo de dezembro, a Polícia Federal prendeu o ex-presidente da Alerj sob a suspeita de vazar informações para TH Joias. Bacellar ficou cinco dias presos, sendo libertado após uma decisão da Casa que revogou a prisão. No dia seguinte à soltura, ele pediu licença do cargo.

Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, Rodrigo Bacellar atualmente cumpre as seguintes medidas:

  • Uso de tornozeleira eletrônica
  • Recolhimento domiciliar
  • Afastamento da presidência da Alerj
  • Proibição de se comunicar com outros investigados
  • Suspensão do porte de arma
  • Entrega do passaporte

O caso continua sob a atenção do STF e da Polícia Federal, que seguem apurando as conexões e a extensão do suposto esquema de vazamento de informações sigilosas da investigação.