Um ato de vandalismo marcou a manhã desta segunda-feira (15) no Centro de Treinamento do Cruzeiro, a Toca da Raposa 1, em Belo Horizonte. A imagem do atacante Gabigol, pintada em um muro do CT, foi alvo de depredação por parte de torcedores revoltados após a eliminação do time na semifinal da Copa do Brasil.
Reação após a eliminação
O fato ocorreu na noite de domingo (14), logo após o Cruzeiro ser eliminado da competição pelo Corinthians. Gabigol foi uma das peças-chave do episódio, pois entrou em campo aos 46 minutos do segundo tempo especificamente para cobrar um pênalti. A falha na cobrança, que poderia ter garantido ao time mineiro uma vaga na final, fez do jogador alvo de duras críticas.
A reação de parte da torcida foi imediata e extrapolou os limites do estádio. No muro do CT, onde uma arte homenageava o atacante, vândalos jogaram tinta amarela sobre o rosto de Gabigol. Ao lado da imagem danificada, foi pichada a frase ofensiva "VAI EMBORA LIXOGOL". As fotos do estrago rapidamente se espalharam pelas redes sociais.
Limpeza e reparo do mural
O clube não demorou para agir. Na manhã de segunda-feira, a área vandalizada já havia sido coberta por tinta azul, numa tentativa de apagar os vestígios do ataque. Novas imagens, que também circularam online, mostram o muro recuperado, ainda que a pintura original de Gabigol tenha sido suprimida pela camada de tinta nova.
O incidente levanta discussões sobre os limites da paixão clubística e a violência simbólica contra atletas. A pressão sobre Gabigol, que é um dos jogadores de maior destaque no elenco, atingiu um novo patamar com esse episódio de vandalismo à sua representação no próprio local de trabalho da equipe.
Contexto da partida
A semifinal da Copa do Brasil foi decidida nos pênaltis, após um empate no agregado das duas partidas. A entrada relâmpago de Gabigol, ordenada pelo técnico para a cobrança decisiva, não surtiu o efeito esperado. A falha culminou na eliminação cruzeirense e desencadeou a onda de insatisfação que resultou no ato de vandalismo.
Esse não é um caso isolado no futebol brasileiro, onde a pressão por resultados imediatos frequentemente se traduz em ações extremas de uma minoria de torcedores. O clube, até o momento, não emitiu uma nota oficial sobre o ocorrido, limitando-se a reparar o dano material.
