Doença da Fama: O Assassinato de Rob Reiner e a Magreza de Ariana Grande
Doença da Fama: Rob Reiner e Ariana Grande

O mundo do entretenimento é novamente abalado por episódios trágicos que expõem o custo oculto da vida sob os holofotes. Do brutal assassinato do ator e diretor Rob Reiner e sua esposa, Michelle Singer, pela mão do próprio filho, à preocupante magreza da cantora Ariana Grande, os casos reacendem o debate sobre a chamada "maldição da fama".

Uma Tragédia Familiar sem Precedentes

O violento homicídio do casal Reiner, ocorrido após uma festa no sábado, chocou Hollywood e o mundo. Nick Reiner, filho do casal de 32 anos, é acusado de esfaquear e degolar os pais. A tragédia foi antecedida por um momento de tensão durante uma festa de fim de ano na casa do humorista Conan O'Brien, onde Nick, que não estava na lista original, causou desconforto entre os convidados com perguntas repetitivas e inadequadas.

Rob Reiner, preocupado em deixar o filho sozinho em meio a surtos de fúria, conseguiu sua inclusão. No entanto, após Nick perturbar figuras como a atriz Jane Fonda, O'Brien pediu que ele se retirasse, resultando em uma briga feia entre pai e filho. Em vez de um jantar combinado com Barack e Michelle Obama no domingo, o casal foi parar no necrotério.

Este caso extremo se enquadra em um padrão de distúrbios que afetam filhos de celebridades, os chamados "nepobabies", pressionados a viver à sombra dos pais. Um precedente famoso foi o de Christian Brando, filho de Marlon Brando, que matou o namorado de sua meia-irmã Cheyenne e teve uma infância marcada por um sequestro pela mãe, que tentou escondê-lo com um grupo de hippies na Califórnia.

A Pressão pela Magreza e os Efeitos do Ozempic

Enquanto isso, nas redes sociais e revistas, outra face da "doença da fama" se manifesta: a pressão insana pelo emagrecimento. A transformação física de Ariana Grande tem gerado alarme e especulações sobre distúrbios alimentares. Naturalmente esguia, sua magreza atual é considerada excessiva e não natural, alimentando boatos sobre sua saúde.

A cantora, que começou a carreira ainda adolescente, também foi alvo de rumores sobre um relacionamento com a atriz Cynthia Erivo durante a divulgação de "Wicked: Parte 2". A temporada de promoção do filme acabou sendo cancelada.

O fenômeno não é isolado. A apresentadora Kelly Osborne, filha do falecido roqueiro Ozzy Osborne, exibe um corpo marcado por uma perda de 38 quilos através de cirurgia e medicação, com ombros ossudos e peito encovado. Sua mãe, Sharon Osborne, também passou por uma transformação radical com o uso de Ozempic.

A comediante Amy Schumer, que sempre lutou publicamente contra a balança, apagou todas as suas "fotos de gorda" das redes sociais após emagrecer, anunciando também o fim de seu casamento. Essas transformações ocorrem em um contexto onde medicamentos para emagrecer, inicialmente desenvolvidos para diabetes, explodiram em popularidade, podendo induzir a um culto não saudável à magreza extrema.

Um Problema de Raízes Profundas

Os distúrbios alimentares são doenças mentais graves, com um forte componente social. A cantora Karen Carpenter, do duo The Carpenters, foi um dos primeiros casos de ampla divulgação de anorexia, morrendo em 1983 aos 32 anos, pesando apenas 35 quilos.

A pressão pelo corpo perfeito é uma força quase incontrolável, intensificada para quem vive sob o escrutínio constante de câmeras e críticas. Até membros da realeza, como a Princesa de Gales, Kate Middleton, e a Rainha Letizia da Espanha, já foram alvo de especulações sobre anorexia.

A "doença da fama" se manifesta de múltiplas formas: em regimes brutais, no uso descontrolado de drogas, em comportamentos autodestrutivos e, no caso mais extremo e inimaginável, contribuindo para os distúrbios mentais que podem levar a tragédias familiares como a da família Reiner. A lista histórica de vítimas inclui Marilyn Monroe, Kurt Cobain, John Lennon, Selena, Janis Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix, River Phoenix e Amy Winehouse, mostrando que o preço da celebridade pode ser devastadoramente alto.