A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) disparou duras críticas ao pastor e deputado Marco Feliciano. Em um vídeo publicado nas redes sociais na véspera de Natal, 24 de dezembro de 2025, ela o chamou de "lobo em pele de cordeiro". A acusação está relacionada a um projeto de lei relatado por Feliciano que, na avaliação da parlamentar, busca permitir a prática de crimes como racismo e homofobia no interior das igrejas.
O cerne da polêmica: projeto em discussão
O ponto de conflito é uma proposta legislativa que tem Marco Feliciano como relator. Segundo Fernanda Melchionna, o texto em análise tenta liberar discursos de ódio e práticas criminosas no ambiente religioso, sob o argumento de liberdade de culto. Para a deputada do Psol, isso representaria um grave retrocesso e uma licença para o preconceito.
Fernanda Melchionna não poupou palavras ao definir o colega de parlamento. Ela o classificou como um fundamentalista que, sob uma aparência inofensiva, promove uma agenda perigosa. As declarações foram feitas em um vídeo compartilhado oficialmente pelo perfil do Psol na Câmara dos Deputados.
Repercussão e contexto político
A publicação do vídeo, datada de 25 de dezembro de 2025 (com a menção de ter sido alterada no mesmo dia e horário, às 09:31), rapidamente gerou reações. O debate coloca em lados opostos visões distintas sobre os limites da liberdade religiosa e a necessidade de combater crimes de discriminação.
Fernanda Melchionna, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e das minorias, enxerga no projeto relatado por Feliciano uma tentativa de minar a legislação que pune racismo e homofobia. Ela alerta que a medida pode criar um refúgio legal para comportamentos que são considerados crimes pela Constituição e por leis específicas.
Os próximos passos e a importância do debate
Esta não é a primeira vez que temas envolvendo discurso religioso e direitos fundamentais causam polêmica no Congresso. O embate entre Melchionna e Feliciano deve acirrar os ânimos nas comissões responsáveis pela análise da proposta.
Especialistas em direito constitucional alertam que a discussão precisa equilibrar dois princípios caros à democracia: a liberdade de crença e a proteção contra a discriminação. O projeto, que ainda tramita na Câmara, promete ser um dos temas mais sensíveis da agenda política no início de 2026.
A postura firme da deputada do Psol reflete a mobilização de setores da sociedade civil que veem com preocupação qualquer flexibilização nas leis antidiscriminatórias. O desfecho dessa disputa legislativa terá impacto direto na aplicação da justiça e no cotidiano de milhares de pessoas.
