A Polícia Civil do Acre realizou, na tarde desta quinta-feira (25), a prisão do segundo homem suspeito de assassinar o ativista cultural e servidor público Moisés Alencastro, de 59 anos. A vítima foi encontrada morta a golpes de faca em seu apartamento, em Rio Branco, no dia 22 de dezembro.
Detalhes da prisão e andamento das investigações
Nataniel Oliveira de Lima, de 23 anos, foi localizado pela polícia no bairro Eldorado, em Rio Branco. Ele foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para interrogatório e, posteriormente, encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla). A prisão preventiva do suspeito havia sido solicitada anteriormente pelo delegado Alcino Júnior.
O primeiro suspeito, identificado como Antônio de Sousa Morais, de 22 anos, já havia sido detido na manhã do mesmo dia. O delegado Alcino Júnior destacou o empenho da equipe do DHPP e a agilidade do Ministério Público e do Poder Judiciário durante o plantão de Natal.
Mudança na linha de investigação e descobertas
Inicialmente tratado como um possível latrocínio (roubo seguido de morte), o caso ganhou nova perspectiva após o avanço das apurações. Não havia sinais de arrombamento no apartamento, o que levou os investigadores a acreditarem que a vítima conhecia seus agressores e permitiu a entrada deles de forma consensual.
Durante as diligências, a polícia encontrou em uma residência ligada a um dos suspeitos diversos objetos pertencentes a Moisés Alencastro. Entre os itens apreendidos estavam documentos pessoais, controles do veículo e do apartamento da vítima, além de roupas com vestígios de sangue. A descoberta fortaleceu as suspeitas sobre a participação do indivíduo no crime.
Os investigadores também apuraram que os suspeitos teriam se aproveitado da situação para subtrair bens de Alencastro após o homicídio, caracterizando um homicídio qualificado seguido de furto. Há relatos de que um dos envolvidos tentou usar cartões bancários da vítima, mas a transação foi negada em um estabelecimento comercial.
Cronologia do crime e localização do veículo
De acordo com o delegado, quando o corpo foi encontrado, apresentava sinais de rigidez cadavérica compatíveis com 18 a 20 horas após a morte. Isso indica que o crime ocorreu na noite de domingo, dia 21 de dezembro. A avaliação preliminar apontou que a vítima foi atingida por mais de cinco golpes de faca. O instrumento do crime ainda não foi localizado.
O carro pertencente a Moisés Alencastro foi encontrado abandonado na Estrada do Quixadá, também em Rio Branco, com um pneu estourado. Imagens de câmeras de segurança foram coletadas e estão sendo analisadas para reconstituir os passos dos suspeitos.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Acre, que continua trabalhando para consolidar as provas e elucidar todas as circunstâncias do assassinato do ativista cultural.