Ricardo Teixeira é reeleito presidente da Câmara de SP; orçamento de 2026 é aprovado
Ricardo Teixeira reeleito presidente da Câmara de São Paulo

O ano legislativo de 2025 na capital paulista terminou com a confirmação de uma liderança conhecida e a definição dos recursos que guiarão a cidade no próximo ano. Nesta segunda-feira, 15 de dezembro, os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo reelegiam o vereador Ricardo Teixeira, do União Brasil, para o cargo de presidente da Casa em 2026.

Votação do orçamento e fim do ano legislativo

A escolha da nova Mesa Diretora ocorreu nas movimentações finais do Legislativo municipal, que entra em recesso a partir da quinta-feira, 18 de dezembro. O ano legislativo de 2025 se encerrou oficialmente na quarta-feira, 17, com a votação de um dos temas mais importantes da Casa: o orçamento da cidade para 2026.

Pelo projeto enviado pela Prefeitura e aprovado pelos parlamentares, a administração municipal terá à disposição a quantia de R$ 135,4 bilhões no próximo ano. Esse valor representa um aumento expressivo de 7,8% em comparação com o previsto para o orçamento de 2025.

As pastas de Educação e Saúde, que por lei recebem percentuais mínimos obrigatórios, tiveram seus recursos ampliados. Para a Educação, estão destinados R$ 26,5 bilhões em 2026, um crescimento de 14% em relação a 2025. Já a Saúde contará com R$ 24,6 bilhões, valor quase 12% maior.

Composição da Mesa Diretora e ausência de mulheres

A eleição para a presidência foi confirmada após o vereador Rubinho Nunes, também do União Brasil, desistir de sua candidatura por falta de apoio interno. A vice-presidência ficará com João Jorge, do MDB, e o segundo vice será Isaac Félix, do PL.

A primeira secretaria será ocupada por Senival Moura, do PT, e a segunda por Gabriel Abreu, do Podemos. A Corregedoria ficará com Sargento Nantes, dos Progressistas. A vereadora Edi Sales, do PSD, ficou com a segunda suplência.

Um ponto que chamou a atenção na nova composição foi a ausência de mulheres em cargos efetivos na Mesa Diretora. Atualmente, a Câmara conta com 20 vereadoras, mas nenhuma foi eleita para os cargos de direção para o próximo ano. O presidente reeleito, Ricardo Teixeira, reconheceu que essa é uma situação problemática e atribuiu o fato às decisões internas de cada partido político na hora de indicar seus nomes.

Panorama político para 2026 e últimas sessões

Teixeira também comentou que o cenário eleitoral de 2026, quando ocorrem eleições para governos estaduais, Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, deve impactar a dinâmica do Legislativo paulistano. Segundo sua avaliação, pelo menos 20 dos 55 vereadores devem disputar um cargo nas eleições majoritárias ou proporcionais. Em um ano sem previsão de votações de projetos considerados polêmicos, a disputa eleitoral deve dividir espaço com os debates na Casa.

Antes da votação do orçamento e do recesso, os vereadores ainda realizaram mais duas sessões. Na terça-feira, 16, a Câmara analisou dois projetos do Executivo: um que atualiza um programa social de apoio a famílias que acolhem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e outro que cria um conselho específico para questões de saneamento básico.

A última sessão do ano, realizada na quarta-feira, 17, incluiu, além da votação do orçamento municipal de 2026, a apreciação do plano de investimentos e compromissos para os próximos três anos, fechando assim a agenda legislativa de 2025.