O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La Porta, fechou o ano de 2025 com um saldo extremamente positivo. Além das conquistas nos tapetes, pistas e arenas ao redor do mundo, a entidade celebrou uma vitória nos bastidores da política: a transformação da Lei de Incentivo ao Esporte em uma política permanente.
Gestão e resultados esportivos em alta
Marco La Porta não escondeu a satisfação ao avaliar os últimos doze meses. Ele destacou que os avanços ocorreram tanto na área administrativa quanto na técnica. "Um balanço extremamente positivo", afirmou o mandatário, listando conquistas como a melhoria nas relações internacionais do COB e a atuação fundamental junto ao governo federal em Brasília para a aprovação da lei esportiva.
No campo das competições, o Brasil brilhou com a conquista de seis títulos mundiais. "Na parte técnica, resultados muito importantes, seis campeões mundiais. Estamos muito felizes", comemorou La Porta. O país ainda viu atletas subirem ao pódio em um total de 13 modalidades diferentes em campeonatos globais, um número que sinaliza a diversificação das forças nacionais.
Medalhistas que fizeram história em 2025
O ano foi marcado por feitos inéditos e quebras de tabus. No taekwondo, Maria Clara Pacheco se tornou a segunda brasileira campeã mundial, duas décadas após o feito de Natália Falavigna. No masculino, Henrique Marques escreveu seu nome como o primeiro brasileiro a conquistar o ouro.
Outros esportes também celebraram momentos históricos:
- Hugo Calderano foi vice-campeão mundial de tênis de mesa, sendo o primeiro atleta não asiático ou europeu a chegar à final.
- Miguel Hidalgo garantiu a prata no triatlo.
- O conjunto de ginástica rítmica levou a prata no geral e na série mista, esta última ao som de "Evidências".
Modalidades tradicionais para o Brasil, como surfe, judô, vôlei e vôlei de praia, continuaram a contribuir com o quadro de medalhas, demonstrando a solidez do país nestes esportes.
O olhar já está em 2026 e além
O próximo ano promete ser de grande atividade. A primeira grande missão serão os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026. O Brasil alimenta o sonho de uma medalha, baseado principalmente no desempenho recente do esquiador alpino Lucas Pinheiro Braathen e da piloto de skeleton Nicole Silveira.
"Ano que vem vai ser desafiador", projetou La Porta. "São quatro eventos, começando com os Jogos Olímpicos de Inverno, que é sempre uma missão muito importante e, agora, chegando pensando em disputar medalha". Paralelamente, já terão início os processos classificatórios para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2027 e até para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.
O presidente do COB enxerga com otimismo a renovação do time brasileiro. "Novos nomes aparecendo, saindo um pouco das mesmas medalhas que estávamos conquistando em Tóquio e Paris, e isso é muito importante", analisou. Para ele, quando o país alcançar medalhas em mais de 16 ou 17 modalidades em mundiais, será o momento de "sonhar mais alto" no cenário olímpico internacional.
Resumo das conquistas brasileiras em 2025
Confira o desempenho do Brasil em competições mundiais de esportes olímpicos ao longo do ano:
- Taekwondo: 2 ouros e 1 prata
- Boxe: 1 ouro e 3 pratas
- Atletismo: 1 ouro e 1 prata
- Surfe: 1 ouro
- Skate: 1 ouro
- Judô: 1 prata e 1 bronze
- Ginástica rítmica: 1 prata
- Tênis de mesa: 1 prata
- Tiro com arco: 1 prata
- Triatlo: 1 prata
- Canoagem slalom: 1 bronze
- Vôlei feminino: 1 bronze
- Vôlei de praia: 1 bronze