Rômulo Arantes Neto: 25 anos sem o pai, trauma moldou carreira de galã
Rômulo Arantes Neto fala sobre dor da perda do pai há 25 anos

A história de Rômulo Arantes Neto é marcada por uma herança gloriosa e uma dor profunda. Filho do ator e esportista Rômulo Arantes, ele carrega um sobrenome que o conecta ao sucesso, mas também a uma perda que definiu seu caminho. Há exatos 25 anos, um acidente de ultraleve em Minas Gerais tirou a vida de seu ídolo, quando o jovem tinha apenas 13 anos de idade. Hoje, com 38 anos e consagrado como galã na TV Globo, ele abre o coração sobre como esse trauma moldou sua vida pessoal e profissional.

A dor que silenciou uma adolescência

Em uma participação recente no programa Sem Censura, da TV Brasil, Rômulo Arantes Neto falou com a voz embargada sobre a relação intensa que tinha com o pai. “Eu era completamente apaixonado por ele e muito fã dele. Carismático, querido, me ensinava todos os esportes. Tínhamos um relacionamento muito bonito”, afirmou o ator. A morte repentina, no entanto, trouxe mudanças bruscas e um sofrimento que ele guardou para si.

“Foi muito sofrido e guardei tudo para mim. Foi um processo doloroso e sofri muito sozinho”, relatou. A família precisou se mudar de bairro e ele passou a morar apenas com a mãe, enfrentando um período de luto em silêncio. O tempo, segundo ele, ajudou a amenizar a ferida, mas a ausência permanece. “Aos poucos, a gente vai tentando sanar a dor porque machuca muito, e a vida continua”, completou.

Esporte e TV: as válvulas de escape

Durante a difícil adolescência, Rômulo Arantes Neto encontrou no esporte um refúgio emocional essencial. Ele explicou que as atividades físicas funcionaram como uma forma de terapia. “Uma coisa que sempre me ajudou foi fazer esporte. Uma válvula de escape mesmo. Sempre tive um jeito agressivo com o esporte. É a maneira que encontrei para extravasar minha dor”, contou.

Paralelamente, seguiu os passos do pai na televisão. Sua carreira deslanchou na TV Globo, com passagens marcantes por novelas como:

  • Malhação
  • Império
  • Fuzuê

O sucesso nas telas, no entanto, nunca apagou a lembrança do trauma. A arte, assim como o esporte, tornou-se um pilar para seguir em frente.

O legado de Rômulo Arantes

O pai, Rômulo Arantes, morreu precocemente aos 42 anos, no auge de sua carreira na televisão. Ele vivia uma fase de grande destaque, emendando trabalhos e marcando presença em produções de sucesso como:

  1. Brilhante
  2. Direito de Amar
  3. Pantanal
  4. Perigosas Peruas

Antes de se firmar como galã, ele já havia construído uma trajetória vitoriosa no esporte, sendo campeão de natação e tendo participado de três edições dos Jogos Olímpicos. Um legado de dedicação e talento que o filho honra.

Hoje, Rômulo Arantes Neto olha para sua própria trajetória e reconhece que tanto o esporte quanto a arte foram fundamentais para transformar a dor da perda em força motriz. Eles o ajudaram a construir não apenas uma carreira de sucesso, mas também sua própria identidade, sempre à sombra – e à luz – do nome que carrega com orgulho e saudade.