O Paris Saint-Germain conquistou o título inédito da Copa Intercontinental em uma final eletrizante decidida nos pênaltis contra o Flamengo. O grande herói da noite, no entanto, não era um nome esperado: o goleiro reserva Matvei Safonov. O atleta russo, que não é titular da equipe francesa, realizou quatro defesas em cinco cobranças rubro-negras, garantindo a taça para o PSG em 18 de dezembro de 2025.
O segredo revelado na toalha
O que parecia ser apenas um ritual comum de goleiro durante as penalidades máximas escondia a chave do sucesso. Fotografias revelaram que Safonov utilizava uma toalha com uma "cola" estratégica. Nas imagens, é possível ver anotações que indicavam os lados preferidos de cobrança dos jogadores do Flamengo.
As informações, capturadas pela lente do repórter fotográfico egípcio Mohamed Elhosary, mostraram-se cruciais. De la Cruz foi o único a converter sua penalidade, justamente ao bater para o lado contrário ao anotado. Jogadores como Pedro e Saul cobraram para o lado esquerdo, conforme previsto nas anotações, e tiveram seus chutes defendidos. Léo Ortiz tentou pelo meio, e o goleiro russo, bem posicionado, não saiu. Luiz Araújo cobrou para a direita, mas a toalha já indicava aquele como o lado provável, e Safonov fez a defesa que consagrou o título.
A jornada do herói reserva
A atuação de Safonov ganha contornos ainda mais épicos quando se observa sua trajetória recente no clube. O russo de 26 anos chegou ao PSG em julho de 2024 para ser reserva de Gianluigi Donnarumma, eleito o melhor do mundo. Nesta temporada, continuou no banco, agora atrás de Lucas Chevalier.
Criado nas categorias de base do Krasnodar, da Rússia, Safonov atuou no time profissional do clube antes da transferência para a França. A final contra o Flamengo foi apenas sua quarta partida na temporada, realizada porque Chevalier estava lesionado. Mesmo com a recuperação do francês, o técnico Luis Enrique manteve a confiança no russo para a decisão, uma aposta que se mostrou acertada.
Um legado de superação e preparação
O feito de Safonov vai além das defesas. Ele simboliza a importância da preparação meticulosa e da prontidão, mesmo para quem não atua com frequência. A vitória do PSG na Intercontinental, garantida por um jogador que não era o titular, ressalta a profundidade do elenco e a capacidade de decisão em momentos de pressão extrema.
Para o Flamengo, a derrota nos pênaltis, apesar de um desempenho sólido durante a partida, ficará marcada pela eficiência do goleiro adversário, armado não apenas com reflexos, mas com informações precisas. O episódio da toalha com a "cola" certamente entrará para a história das finais de clubes como um dos momentos mais inusitados e preparados taticamente.