O Flamengo entra em campo nesta quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, para o jogo mais importante de uma temporada já repleta de conquistas. Diante do Paris Saint-Germain, na final da Copa Intercontinental (o antigo Mundial de Clubes), o time carioca busca um feito que nenhum clube brasileiro consegue há 13 anos: levantar a taça de campeão mundial.
O caminho até a decisão e o desafio perfeito
O adversário é de peso: o campeão europeu Paris Saint-Germain. O técnico rubro-negro, Filipe Luís, não tem dúvidas sobre o que será necessário no estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, no Qatar. "Temos que fazer um jogo perfeito", resumiu. Ele destacou a qualidade do time francês, campeão da UEFA Champions League, mas lembrou que o Flamengo tem suas armas.
Filipe Luís citou o Chelsea, que venceu o PSG por 3 a 0 na decisão da Copa do Mundo de Clubes em julho, como exemplo a ser seguido. Curiosamente, na primeira fase daquele torneio, o próprio Flamengo havia batido os ingleses por 3 a 1. A campanha rubro-negra naquele Super Mundial nos EUA terminou nas quartas, com derrota para o Bayern de Munique (4 a 2), mas serviu de aprendizado.
A trajetória na Copa Intercontinental e o peso da história
Para chegar a esta final, o Flamengo precisou vencer duas partidas no novo formato da Copa Intercontinental. O time superou o mexicano Cruz Azul por 2 a 1 e o egípcio Pyramids por 2 a 0. O meia uruguaio Giorgian de Arrascaeta foi figura decisiva, com dois gols na primeira partida e duas assistências na segunda.
A última conquista mundial de um time brasileiro foi em 2012, quando o Corinthians venceu o Chelsea. O Flamengo, por sua vez, tem a lembrança do título de 1981, com Zico, e a amarga derrota na prorrogação para o Liverpool em 2019, também no Qatar. "A ambição que a gente tem é a mesma do torcedor: voltar a ser campeão mundial depois de tanto tempo", afirmou Arrascaeta.
Respeito mútuo e desfalques dos dois lados
Do outro lado, o técnico do PSG, Luis Enrique, demonstrou respeito, mas fez uma análise tática. Ele lembrou da derrota por 1 a 0 para o Botafogo na fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes, mas acredita que o Flamengo apresentará um estilo completamente diferente.
"O Flamengo não vai jogar assim. É um time que joga muito bem com a bola, sai jogando de trás. Sem a bola, pressiona muito bem. Creio que será uma final apaixonante, porque os times têm estilos parecidos", projetou o treinador espanhol.
O PSG não poderá contar com o lateral direito Achraf Hakimi, lesionado. Já o Flamengo tem o grupo completo, mas lida com a falta de ritmo de jogadores que voltaram recentemente de lesão, como o zagueiro Léo Ortiz e o atacante Pedro.
Filipe Luís reforçou que o time manterá seu DNA ofensivo, sem se prender ao revés contra o Bayern. Com a campanha vitoriosa que já rendeu os títulos da Supercopa do Brasil, do Carioca, da Libertadores e do Brasileirão em 2025, o rubro-negro encara o duelo com o PSG não como uma missão impossível, mas como a chance de coroar uma temporada memorável e quebrar um longo jejum brasileiro no cenário mundial.
