Mulher de 31 anos morre após ser atropelada e arrastada por ex-companheiro em SP
Vítima de feminicídio morre após quase um mês internada em SP

A jovem Tainara Souza Santos, de 31 anos, vítima de um atropelamento e arrastamento proposital pelo ex-companheiro, não resistiu às graves lesões e faleceu na noite da última quarta-feira, 24 de dezembro de 2025. Ela estava internada há 25 dias, lutando pela vida após múltiplas cirurgias.

Luta pela vida e complicações fatais

Tainara passou por várias intervenções cirúrgicas durante o período em que esteve hospitalizada. Segundo informações da família, a situação da jovem era crítica e ela já não respondia mais aos medicamentos administrados pela equipe médica. A morte foi confirmada após complicações em uma nova cirurgia, realizada em um último esforço para salvá-la.

O corpo de Tainara foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, localizado no centro da cidade de São Paulo, onde passará por perícia oficial. O velório está marcado para a manhã desta sexta-feira, dia 26 de dezembro.

Detalhes do crime brutal

O caso ocorreu no final do mês de novembro, na zona norte da capital paulista. Após uma discussão em frente a um bar, o ex-companheiro de Tainara a atropelou com um veículo e a arrastou por aproximadamente um quilômetro. A brutalidade do ato chocou a região e mobilizou a polícia.

O agressor, identificado como ex-companheiro da vítima, foi preso em flagrante e permanece sob custódia das autoridades. Com a confirmação do óbito de Tainara, a polícia atualizou formalmente a ocorrência. O que inicialmente era investigado como tentativa de homicídio agora é classificado como feminicídio consumado.

Justiça e repercussão

A mudança na classificação do crime reflete a gravidade do caso e o contexto de violência doméstica. O feminicídio, crime definido pela Lei nº 13.104/2015, considera o assassinato de uma mulher por razões da condição de sexo feminino, o que inclui violência doméstica e familiar.

A tragédia evidencia, mais uma vez, o ciclo fatal da violência contra a mulher, que muitas vezes se inicia com ameaças e agressões e pode terminar em morte. A expectativa agora é que a Justiça atue com rigor no processo contra o acusado.

Enquanto a família e amigos se preparam para a despedida, a sociedade se volta para um debate urgente sobre mecanismos de proteção e combate à violência doméstica, que continua a ceifar vidas no Brasil.