3 feminicídios no Natal do Rio: violência deixa rastro de sangue
3 feminicídios no Natal do Rio: violência marca festas

O período natalino, que deveria ser de paz e celebração, foi marcado por uma triste e violenta realidade no estado do Rio de Janeiro. Pelo menos três mulheres foram mortas entre a tarde da quarta-feira (24) e a noite de quinta-feira (25) de dezembro, em casos investigados como possíveis feminicídios. As ocorrências, registradas pela Polícia Militar, espalharam-se por diferentes regiões: Centro do Rio, Inhoaíba, na Zona Oeste, e Mangaratiba, na Costa Verde.

Mulher é esfaqueada e encontrada após incêndio no Centro

O primeiro caso ocorreu na tarde de Natal, no Centro da capital. Policiais do 5º Batalhão foram acionados para um incêndio em um imóvel na Rua André Cavalcanti. Após os bombeiros controlarem as chamas, foi encontrado o corpo de uma mulher em uma área não atingida pelo fogo. A vítima, identificada como Sabina Saron Camilo Mates, apresentava marcas de facadas. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu as investigações para esclarecer as circunstâncias da morte.

Vítima de violência doméstica não resiste a ferimentos em Inhoaíba

Na manhã seguinte, dia 25, em Inhoaíba, a violência se repetiu dentro de um contexto doméstico. Uma mulher foi ferida com golpes de faca desferidos, segundo a PM, pelo próprio companheiro. Ela foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não sobreviveu aos ferimentos. O suspeito, agredido por vizinhos e também ferido pela faca, foi hospitalizado no Hospital Municipal Rocha Faria. O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande).

Companheiro é principal suspeito de feminicídio em Mangaratiba

Na noite de quinta-feira, o terceiro caso chocou a Praia do Saco, em Mangaratiba. Militares do 33º BPM encontraram uma mulher já sem vida, vítima de tiros. De acordo com as primeiras informações da polícia, o principal suspeito é o companheiro da vítima, que teria fugido do local antes da chegada dos agentes. A 165ª DP (Mangaratiba) isolou a área e investiga o feminicídio.

Os três casos trágicos, ainda sob apuração, reforçam o alarmante cenário de violência de gênero. Eles servem como um doloroso lembrete da importância dos canais de denúncia e apoio. Se você ou alguém que conhece está em situação de violência, não se cale. Disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher, ou acione a Polícia Militar através do 190 em caso de emergência.