Colombiano escapa de cárcere privado e trabalho escravo em fazenda no Ceará
Colombiano foge de trabalho escravo em fazenda no Ceará

Um cidadão colombiano encontrou refúgio e assistência após uma fuga dramática de uma situação de cárcere privado e trabalho forçado em uma fazenda na Região Metropolitana de Fortaleza. O caso, que configura condições análogas à escravidão, foi atendido pela Guarda Municipal na última quinta-feira, dia 25.

Fuga e busca por socorro

Durante a madrugada, o homem conseguiu escapar da propriedade rural, localizada nas proximidades da Ceasa, no município de Maracanaú. Após a fuga, ele dirigiu-se diretamente a um posto da Guarda Municipal de Fortaleza situado no Bairro Parangaba, onde finalmente pôde pedir ajuda e relatar os maus-tratos sofridos.

Em seu depoimento, a vítima, que não teve a identidade divulgada, detalhou que foi mantida em cárcere privado e obrigada a trabalhar contra a sua vontade. Além da privação de liberdade, o colombiano foi vítima de agressões físicas constantes, em um claro cenário de violência e coação.

Privação de comunicação e acolhimento

Para isolá-lo completamente e impedir qualquer pedido de socorro, os responsáveis pela fazenda tomaram e danificaram o aparelho celular do homem, cortando seu último elo com o mundo exterior. Esse ato reforçou o caráter de isolamento e controle total a que ele estava submetido.

Ao recebê-lo, a equipe da Guarda Municipal providenciou o acolhimento imediato e iniciou os procedimentos protocolares. A vítima foi encaminhada ao 10º Distrito Policial para a formalização da ocorrência e a adoção das medidas legais cabíveis. Os agentes também acompanharam o colombiano para a realização do exame de corpo de delito, essencial para documentar as agressões sofridas.

Encaminhamento e apoio social

Após cumprir todas as etapas policiais e periciais, o estrangeiro recebeu suporte social. Ele foi levado a uma pousada social localizada no Centro de Fortaleza, onde passou a receber orientação e acompanhamento especializado por parte da equipe do equipamento público.

O caso segue sob investigação das autoridades competentes, que buscam identificar e responsabilizar os envolvidos na prática desse crime grave, que envolve sequestro, cárcere privado e a submissão de uma pessoa a condições degradantes de trabalho.