Um crime brutal chocou a cidade de Tangará, na região Agreste do Rio Grande do Norte, na noite de quinta-feira, 25 de abril. O empresário Carlos Randerson Nascimento, de 36 anos, foi assassinado a tiros na frente da esposa, que está grávida, e dos quatro filhos do casal.
Detalhes do ataque brutal
A família estava em um momento de descontração, lanchando em uma venda de espetinhos localizada na Avenida João Ataíde de Melo, no centro da cidade, quando a tragédia aconteceu. Dois criminosos encapuzados chegaram ao local e, sem qualquer cerimônia, efetuaram vários disparos contra Carlos Randerson. A cena ocorreu diante dos olhos da família, que ficou em estado de choque.
A vítima, que possuía porte de arma, tentou reagir ao ataque. Ele portava uma pistola calibre 9 milímetros e chegou a trocar tiros com os agressores. No entanto, acabou sendo atingido e morreu ainda no local do crime. Sua arma foi encontrada caída no chão e posteriormente apreendida pela Polícia Civil.
Investigação em andamento e pistas deixadas para trás
As investigações já começaram e a polícia trabalha com uma pista importante. Há indícios de que um dos atiradores também tenha sido baleado durante a troca de tiros. No local, os peritos encontraram rastros de sangue que não pertenciam à vítima. Esses rastros levaram os policiais a uma casa na localidade conhecida como Inferninho, no município vizinho de Santa Cruz.
O imóvel visitado pertence à tia de um dos suspeitos. Dentro da residência, a polícia fez uma descoberta crucial: um revólver calibre 38, roupas manchadas de sangue e uma calça com um furo de projétil na perna esquerda. Os itens foram recolhidos para perícia, mas o suspeito ferido não foi localizado. Acredita-se que ele tenha fugido para receber atendimento médico.
Vida da vítima e motivação desconhecida
Carlos Randerson era um empresário conhecido na região. Ele era proprietário de uma equipadora de veículos e também atuava no ramo de locação, alugando chácaras para eventos. Até o momento, a polícia não divulgou a possível motivação para o crime. As investigações seguem para esclarecer se o assassinato teve relação com atividades profissionais, dívidas ou questões pessoais.
O corpo do empresário foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Polícia Científica) em Natal, onde passou por exame de corpo de delito. Na manhã de sexta-feira, 26 de abril, a família compareceu ao local para o reconhecimento oficial e a liberação do corpo para sepultamento. Eles optaram por não conceder entrevistas, preservando seu luto.
O caso, que envolve violência extrema na frente de crianças e uma gestante, reacende o debate sobre a segurança pública no interior potiguar e a ousadia da ação criminosa em um espaço público familiar.