O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) decidiu, de forma unânime, manter a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) em prisão domiciliar. A decisão, tomada na última terça-feira (16), também confirma o afastamento da parlamentar de seu cargo e a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica, com proibição expressa de deixar sua residência.
Última sessão do ano e calendário judicial
A sessão que definiu a situação da vereadora foi a última Sessão Judiciária Ordinária por videoconferência de 2025. O colegiado do TRE-PI só voltará a se reunir para julgar processos a partir do dia 21 de janeiro de 2026, marcando um recesso nas atividades judiciais da corte eleitoral.
Histórico do caso e acusações
Tatiana Medeiros está presa desde abril de 2024. As acusações que pesam contra ela incluem suposto envolvimento com uma facção criminosa, prática de corrupção eleitoral e utilização de dinheiro de origem ilícita para financiar sua campanha nas eleições.
Em junho de 2024, a então juíza Júnia Maria já havia convertido a prisão preventiva da vereadora para o regime domiciliar, medida que agora foi reavaliada e mantida pelo tribunal eleitoral.
Repercussões e situação atual
Com a decisão, a situação jurídica de Tatiana Medeiros permanece inalterada. Ela continuará cumprindo as medidas restritivas em sua casa, longe do exercício do mandato parlamentar. O caso, que envolve acusações graves ligadas ao crime organizado e à lisura do processo eleitoral, segue seu trâmite na Justiça Eleitoral piauiense.
A defesa da vereadora, que havia pedido a soltura e a reabertura da ONG ligada ao caso, não obteve sucesso nesta etapa. A unanimidade da decisão do TRE-PI reforça o entendimento atual da corte sobre a necessidade de manter as medidas cautelares.