O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi capturado pelas autoridades paraguaias nesta sexta-feira (26). A prisão ocorreu no aeroporto de Assunção, capital do Paraguai, no momento em que ele tentava embarcar em um voo com destino internacional.
Condenação histórica do Supremo Tribunal Federal
A prisão acontece após uma decisão judicial de grande repercussão. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) havia condenado Silvinei Vasques e outros envolvidos por sua participação na trama golpista que marcou o final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ex-diretor da PRF recebeu uma sentença de 24 anos e seis meses de prisão pelos crimes relacionados ao atentado contra a democracia. A informação sobre a prisão em solo paraguaio foi confirmada oficialmente pela Polícia Federal do Brasil.
Fuga e captura internacional
De acordo com as investigações, Silvinei Vasques havia rompido a tornozeleira eletrônica que monitorava seus passos. O equipamento foi violado enquanto ele estava no estado de Santa Catarina, dando início a uma busca que terminou com sua localização no exterior.
Sua tentativa de deixar o continente pela rota aérea paraguaia foi frustrada pela ação coordenada das polícias. A prisão ilustra os esforços das forças de segurança para cumprir as decisões do Judiciário brasileiro, mesmo além das fronteiras nacionais.
Contexto e próximos passos
Este caso é um dos capítulos mais significativos da apuração sobre os atos antidemocráticos de 2022 e 2023. A condenação de uma figura de alto escalão da segurança pública, como o ex-diretor-geral da PRF, reforça a responsabilização de agentes públicos envolvidos em tentativas de subverter a ordem constitucional.
O foco agora se volta aos trâmites de extradição para que Silvinei Vasques seja trazido de volta ao Brasil e comece a cumprir a longa pena determinada pelo STF. O episódio também reacende o debate sobre a fiscalização de medidas cautelares e a cooperação policial internacional.