O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na tarde desta sexta-feira, 26, no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, capital do Paraguai. A detenção ocorreu quando ele tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, segundo apurações.
Condenações e fuga do território brasileiro
Silvinei Vasques foi condenado por improbidade administrativa por utilizar a estrutura da PRF para fins eleitorais durante a campanha de 2022. Em um processo separado, ele recebeu uma pena de 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas.
Natural de Ivaiporã, no Paraná, Vasques tinha uma carreira de 27 anos na PRF, onde ingressou em 1995. Durante o governo Bolsonaro, alcançou o cargo máximo da instituição. Ele se aposentou voluntariamente com salário integral em dezembro de 2022, logo após o pleito eleitoral.
A prisão no aeroporto paraguaio
De acordo com informações das autoridades brasileiras, o ex-diretor rompeu a tornozeleira eletrônica que monitorava seus passos e deixou o Brasil sem autorização judicial, rumo ao Paraguai. O rompimento do equipamento acionou alertas nas fronteiras e a adidância brasileira no país vizinho foi notificada.
Ao chegar ao aeroporto paraguaio para tentar seguir para El Salvador, Vasques utilizava um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à sua identidade verdadeira. Essa inconsistência levou à sua abordagem e prisão pelas autoridades paraguaias no local.
Próximos passos e entrega ao Brasil
Após a detenção, Silvinei Vasques foi identificado formalmente e colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai. O procedimento padrão agora é a sua expulsão do território paraguaio, com subsequente entrega às autoridades brasileiras, que já foram acionadas.
Além das penas de prisão, o ex-diretor da PRF também foi condenado a pagar uma multa equivalente a 24 salários que recebia no cargo, valor que ultrapassa a marca de meio milhão de reais.
Após deixar a PRF, Vasques assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis, mas pediu exoneração do cargo em dezembro de 2025, após as novas condenações judiciais se tornarem públicas.