Um intenso temporal atingiu a região da Zona da Mata de Minas Gerais nesta terça-feira (16), provocando uma série de transtornos e danos materiais em pelo menos quatro municípios. As fortes chuvas resultaram em alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de barreiras, colocando as defesas civis locais em alerta máximo.
Estragos e atuação das defesas civis
Em Guiricema, os estragos foram significativos. A Defesa Civil do município precisou atuar em vários pontos de alagamento e também em áreas da rodovia MG-447, na Serra de Tuiutinga, afetadas pelo desprendimento de rochas. O risco de novos deslizamentos na região segue sendo monitorado. Além disso, foram registradas quedas de galhos de árvores em zonas rurais e corrimento de lama na comunidade da Lajinha e em trechos da estrada que liga Guiricema a Visconde do Rio Branco.
Apesar da gravidade da situação, não houve registros de desalojados, desabrigados ou feridos no município, um alívio em meio ao caos provocado pelas águas.
Monitoramento de rios e alagamentos urbanos
Em Cataguases, o volume pluviométrico chamou a atenção: 78 milímetros de chuva caíram em um período de 24 horas. A Defesa Civil local mantém um monitoramento rigoroso do nível do ribeirão Meia Pataca, que apresentou pontos com grande volume de água. Até o momento, as águas não invadiram áreas residenciais, mas a orientação para os moradores de regiões ribeirinhas é de atenção redobrada. O coordenador da Defesa Civil, Alexandre Rodrigues, informou que ainda não há um balanço final de todas as ocorrências registradas na cidade.
Os efeitos do temporal se espalharam por outras cidades da região. Em Senador Firmino, foram registradas enchentes. Já em Ubá, moradores de diferentes bairros relataram alagamentos. No Bairro Solar, uma das ruas ficou completamente tomada pela água da chuva. A prefeitura local informou que suas equipes estão em atendimento e acompanham a situação de perto.
Risco para o abastecimento de água em Ubá
Além dos transtornos imediatos com inundações, as chuvas intensas trouxeram uma preocupação adicional para os moradores de Ubá: o risco de falta d'água. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) emitiu um comunicado informando que os alagamentos atingiram áreas onde ficam os equipamentos de captação de água, o que comprometeu o funcionamento normal do sistema.
As equipes técnicas da empresa trabalham desde a madrugada para resolver o problema e normalizar o serviço. A previsão é de que o abastecimento seja retomado de forma gradual a partir da tarde desta quarta-feira (17), com uma normalização completa apenas na madrugada de quinta-feira (18).
Como medida preventiva para evitar um colapso maior, a Copasa está utilizando caminhões-pipa para atender serviços considerados essenciais. A companhia também faz um apelo à população para que utilize a água de forma consciente e evite qualquer tipo de desperdício durante este período crítico.