O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou uma nova polêmica ao modificar a chamada "Parede da Fama Presidencial", uma galeria de retratos de ex-líderes na Casa Branca. As alterações incluem placas com descrições ofensivas e críticas diretas a seus antecessores, incluindo Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.
Críticas diretas e linguagem ofensiva
As novas placas, instaladas por ordem de Trump, contêm textos escritos de forma provocativa. Na placa dedicada a Joe Biden, o atual presidente é chamado de "o dorminhoco Joe Biden" e descrito como "de longe, o pior presidente da história americana". O texto ainda alega que Biden venceu a "eleição mais corrupta de todos os tempos", repetindo uma afirmação não comprovada frequentemente usada por Trump.
Esta não é a primeira vez que Trump mira Biden na galeria. Em setembro de 2025, ele já havia substituído a foto oficial do ex-presidente pela imagem de uma caneta automática, um objeto usado como crítica às políticas de assinatura executiva de Biden.
Ex-presidentes de ambos os partidos são alvos
A investida de Trump não poupou nem mesmo ex-líderes de seu próprio partido. Na placa de George W. Bush, também republicano, o texto destaca que ele iniciou guerras no Afeganistão e no Iraque, "que não deveriam ter acontecido".
Já a descrição de Barack Obama enfatiza propositalmente seu nome do meio, Hussein, e o define como "uma das figuras políticas mais controversas da história americana". Bill Clinton também recebeu críticas em sua placa.
Em nota, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o próprio Trump escreveu o texto de "muitas" das novas placas, assumindo autoria direta do conteúdo.
Uma tradição presidencial transformada em arena política
A "Parede da Fama Presidencial" é tradicionalmente um espaço de reverência e respeito histórico dentro da residência oficial do presidente. A ação de Trump a transformou em um palco para ataques pessoais e disputas políticas, quebrando um protocolo não escrito de cortesia entre os ocupantes do cargo, mesmo de partidos opostos.
Esta medida ocorre em um contexto político altamente polarizado nos Estados Unidos e é vista como mais um capítulo na longa história de confrontos públicos de Trump com seus antecessores e adversários. A galeria, que deveria celebrar a história presidencial, tornou-se o epicentro de uma nova controvérsia que mistura política, história e rivalidade pessoal.