EUA sancionam 4 empresas por comércio de petróleo venezuelano
EUA sancionam empresas por petróleo venezuelano

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (31), uma nova rodada de sanções econômicas visando empresas envolvidas no comércio de petróleo venezuelano. A ação do Departamento do Tesouro norte-americano tem como objetivo aumentar a pressão sobre o governo do presidente Nicolás Maduro, considerado "ilegítimo" por Washington.

Alvos das sanções e justificativa

As empresas sancionadas têm sedes principalmente na China e em Hong Kong. A lista inclui as companhias Aries Global Investment LTD, Corniola Limited, Krape Myrtle Co LTD e Winky International Limited. Além delas, quatro petroleiros ligados a essas entidades foram identificados como propriedades bloqueadas.

Segundo o comunicado oficial, essas empresas fazem parte de uma estratégia de evasão de sanções para financiar o regime de Maduro. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, foi enfático ao declarar que a administração Trump não permitirá que o governo venezuelano lucre com a exportação de petróleo, acusando-o simultaneamente de inundar os EUA com drogas.

"O Departamento do Tesouro continuará a implementar a campanha de pressão do presidente Trump sobre o regime de Maduro", afirmou Bessent. A medida complementa outras ações recentes contra oficiais e associados da estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA).

Implicações práticas e bloqueios

A decisão determina o congelamento de todas as propriedades e interesses das empresas sancionadas que estejam em território norte-americano ou sob controle de cidadãos dos EUA. Esses ativos devem ser reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

Instituições financeiras que realizarem transações com os sancionados também ficam sujeitas a penalidades civis ou criminais. O comunicado do Tesouro alertou que qualquer parte envolvida no comércio de petróleo venezuelano continuará enfrentando "riscos significativos de sanções".

Os petroleiros bloqueados operam sob bandeiras de países como Panamá, Guiné e Hong Kong, e alguns teriam transportado petróleo venezuelano recentemente.

Estratégia política e econômica

A estratégia central da administração Trump é provocar uma redução significativa nas exportações de petróleo venezuelano, principal fonte de receita do governo Maduro. Ao cortar esse fluxo financeiro, os EUA buscam enfraquecer economicamente o regime.

O Departamento do Tesouro ressaltou que o objetivo final das sanções é "promover uma mudança positiva de comportamento". A medida se alinha com declarações anteriores do presidente Donald Trump, que sugeriu que seria "inteligente" Maduro deixar o poder.

Esta ação representa mais um capítulo na intensa pressão econômica e diplomática que os Estados Unidos vêm exercendo sobre a Venezuela, buscando isolar o governo de Nicolás Maduro e restringir seu acesso a recursos financeiros internacionais.