O estado do Tocantins se despediu neste sábado, 27 de janeiro, de uma de suas figuras políticas mais emblemáticas. O ex-governador Moisés Nogueira Avelino, de 85 anos, foi sepultado no Cemitério Bom Jesus, em Paraíso do Tocantins, após uma longa batalha contra um câncer ósseo diagnosticado em 2019.
Uma vida dedicada à política e ao povo
Moisés Avelino teve uma extensa carreira pública no Tocantins. Ele foi o segundo governador eleito do estado, exercendo o mandato entre 1991 e 1994. Sua trajetória também incluiu dois mandatos como prefeito de Paraíso do Tocantins (1983-1988, 2013-2016 e 2017-2020, tendo se licenciado no último) e dois mandatos como deputado federal (1989-1991 e 2007-2011). Além da política, ele era formado em medicina e atuava como agropecuarista.
Em entrevista à TV Anhanguera, seu filho, Igor Avelino, compartilhou um momento tocante. Ele relembrou que o pai, refletindo sobre a vida, disse ter feito o que podia pelas pessoas. Questionado sobre seu legado, Moisés Avelino afirmou: ‘eu deixo que Deus é tudo e ter fé em Deus me motiva a fazer o bem para as pessoas, buscar o melhor para minha família e para aqueles que amo’.
Última homenagem e despedida
As cerimônias de despedida começaram com um velório realizado durante todo o dia no salão do Colégio São Geraldo, que recebeu diversas autoridades, amigos e familiares. Por volta das 17h, o corpo foi levado para uma missa de corpo presente na Igreja Matriz São José Operário.
Após a missa, um cortejo acompanhou o féretro até o Cemitério Bom Jesus. No local, a Polícia Militar prestou uma última homenagem ao ex-governador com uma salva de tiros, um gesto solene que marcou o momento do sepultamento, ocorrido pouco depois das 18h.
Luta contra a doença e últimos momentos
Moisés Avelino enfrentava um câncer nos ossos desde 2019, doença que o levou a se afastar do último mandato como prefeito de Paraíso. Em dezembro, ele ficou internado em um hospital particular em Palmas para tratamento. Uma notícia positiva foi que os médicos o liberaram para passar o Natal em casa com a família, onde recebia cuidados de uma equipe de saúde domiciliar.
Segundo informações da família à TV Anhanguera, o estado de saúde já fragilizado pelo câncer o deixou vulnerável a infecções, que se agravaram e culminaram em seu falecimento em casa. A morte do ex-governador gerou uma onda de manifestações de pesar nas redes sociais, com amigos e colegas políticos destacando sua relevância para a história do Tocantins e sua contribuição ao estado.
A trajetória de Moisés Avelino se confunde com a própria história do Tocantins, desde sua atuação como prefeito antes da criação do estado, passando pelo governo e por mandatos no Congresso Nacional, até seu retorno à administração municipal. Sua morte encerra um capítulo importante da política tocantinense.
