EUA lançam Operação Lança do Sul contra narcoterrorismo na América Latina
EUA anunciam operação militar contra narcoterrorismo

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, uma nova operação militar de grande escala contra o narcoterrorismo no Hemisfério Sul. A medida amplia significativamente as tensões geopolíticas com a Venezuela e outros países da região.

Anúncio da Operação Lança do Sul

Em declaração oficial, o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, revelou os detalhes da Operação "LANÇA DO SUL", que tem como objetivo declarado "remover narcoterroristas" e "proteger nossa Pátria de drogas que estão matando nosso povo".

Através de suas redes sociais, Hegseth deixou claro que o presidente Donald Trump autorizou pessoalmente a ação militar. "O presidente Trump ordenou ação — e o Departamento de Guerra está entregando", escreveu o secretário em sua publicação.

A operação será conduzida por uma força-tarefa especial em conjunto com o Comando Militar Sul, responsável pelas operações americanas no Caribe e América Latina. Embora o anúncio não cite nominalmente nenhum país específico, o contexto geopolítico atual deixa claro o alvo principal.

Cenário de Tensão com a Venezuela

A movimentação militar ocorre em meio a uma escalada dramática de tensões entre Washington e Caracas. Segundo informações da CBS News, militares do alto escalão do Exército americano apresentaram na quarta-feira opções detalhadas de operações, incluindo ataques terrestres.

O planejamento envolveu diretamente Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto Dan Caine e outros oficiais, que entregaram planos atualizados à Casa Branca. Fontes próximas ao Pentágono confirmaram que entre as opções discutidas estão ataques a instalações militures venezuelanas, como pistas de pouso, sob a justificativa de combater vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

O dispositivo militar já mobilizado é impressionante:

  • O maior porta-aviões dos EUA
  • Destróieres com mísseis guiados
  • Caças F-35 de última geração
  • Um submarino nuclear
  • Aproximadamente 6.500 soldados

Trump também revelou que autorizou a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações de que Washington busca derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Resposta Venezuelana e Consequências

Do lado venezuelano, a resposta não demorou. Na terça-feira, 12 de novembro, Maduro ativou os "Comandos Integrados de Defesa", uma nova estrutura que reúne todas as instituições públicas do Estado, as forças militares e o "poder popular" para fortalecer a capacidade defensiva do país.

A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada em três níveis: nacional, estadual e municipal, conforme explicou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.

"Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem", declarou Maduro em tom desafiador.

Enquanto isso, os ataques a barcos suspeitos já começaram. Até o momento, foram registrados 21 bombardeios que resultaram em 80 mortes, conforme definição do governo americano de "Organizações Terroristas Designadas".

Estes incidentes geraram alarme entre juristas e legisladores democratas, que denunciam as ações como violações do direito internacional e "execuções extrajudiciais", conforme classificou a Organização das Nações Unidas.

O governo Trump, no entanto, defende a legalidade dos ataques, argumentando que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela. Autoridades americanas afirmam que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender tripulantes e apreender cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos.

O contexto acusatório se completa com as alegações americanas de que Maduro lidera o Cartel de los Soles, oferecendo uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura. As tensões se expandem ainda para a Colômbia, onde Trump acusou o presidente Gustavo Petro de ser "líder do tráfico de drogas" e "bandido".