A Europamundo, empresa de viagens com sede em Madri, na Espanha, divulgou suas projeções para o mercado brasileiro no próximo ano. A companhia avalia que terá um crescimento de cerca de 5% no Brasil em 2026, um avanço que ela própria classifica como "discreto".
Fatores que influenciam a previsão para 2026
De acordo com a avaliação da empresa, dois grandes eventos mundiais devem impactar o ritmo de expansão no país. O primeiro é a Copa do Mundo de futebol de 2026, que será sediada nos Estados Unidos, México e Canadá. O segundo fator de peso é o cenário político doméstico, com as eleições municipais no Brasil.
Clayton Araújo, gerente da Europamundo no Brasil, explicou a postura cautelosa. "Não prevemos queda, mas acreditamos em um crescimento mais discreto. É uma avaliação pé no chão e nos desafia para trabalhar mais e melhor", afirmou. Ele destacou que a estratégia para enfrentar esse cenário inclui um foco maior em novos roteiros para a Ásia, destino considerado cheio de oportunidades para o viajante brasileiro.
Balanço positivo de 2025 e participação de mercado
Apesar dos desafios enfrentados em 2025, como a implementação do IOF sobre compras no exterior e a alta do dólar, a empresa comemora o desempenho do ano que está terminando. Araújo atribui parte do crescimento das vendas às comemorações do Jubileu de Ouro na Itália, que tiveram performance acima da média e atraíram muitos turistas.
A companhia também revelou um dado significativo sobre sua atuação global: o mercado brasileiro representou aproximadamente 15% do market share mundial da Europamundo em 2024. O encerramento de 2025 consolida a empresa como uma das referências do setor de viagens no país.
Perspectivas e estratégias futuras
O crescimento projetado de 5% para o próximo ano reflete uma leitura realista do mercado. A Europamundo entende que, em um ano repleto de eventos de grande magnitude que desviam a atenção e o orçamento dos consumidores, é necessário adotar uma postura estratégica.
O foco em destinos alternativos, como os países asiáticos, é uma aposta para capturar a demanda de viajantes experientes em busca de novas experiências, mitigando os possíveis efeitos da concorrência com os grandes eventos esportivos e do ciclo eleitoral brasileiro.
