Fuga em BH: 4 detentos escapam com alvarás falsos inseridos por hacker
Fuga em BH com alvarás falsos inseridos por hacker

A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma operação para localizar detentos que conseguiram escapar de uma unidade prisional em Belo Horizonte usando um método sofisticado de fraude. Os fugitivos utilizaram alvarás de soltura falsos que foram inseridos digitalmente no sistema de Justiça por um hacker.

Detalhes da fuga no presídio Gameleira

O fato ocorreu no último sábado, dia 20 de dezembro de 2025, no Centro de Remanejamento de Presos Gameleira, localizado na capital mineira. Conforme as investigações preliminares, quatro homens conseguiram deixar a unidade penal após a apresentação dos documentos fraudulentos.

As autoridades conseguiram um avanço significativo na terça-feira, 23 de dezembro, com a recaptura de um dos foragidos. No entanto, os outros três indivíduos seguem em liberdade ilegal, e as buscas por eles continuam em ritmo acelerado.

Ação hacker e resposta das autoridades

O esquimo foi descoberto pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em menos de 24 horas após a ação do criminoso digital. Imediatamente após a identificação, os alvarás falsos foram cancelados no sistema.

Em nota oficial, a polícia mineira afirmou que "diligências estão em andamento" para apurar todas as circunstâncias do caso, identificar os responsáveis e localizar os fugitivos que ainda estão soltos.

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, deu garantias de que a falha foi contida. Ele declarou que, após a descoberta, ninguém mais conseguiu deixar a prisão utilizando o mesmo tipo de fraude.

Investigações sobre a falha de segurança

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se manifestou sobre o incidente, buscando acalmar os ânimos quanto à segurança dos sistemas judiciais. O órgão informou que não houve invasão ou violação estrutural nos sistemas sob sua administração.

Além disso, o CNJ acrescentou que, com base nas informações disponíveis até o momento, não há indícios de falha sistêmica ou do envolvimento de servidores públicos no ocorrido. A investigação agora tenta descobrir a origem do ataque hacker e como os documentos falsos foram aceitos.

A polícia mantém sigilo sobre a identidade dos foragidos e do preso recapturado, assim como sobre os detalhes operacionais da fuga, para não atrapalhar as investigações em curso.