Arrecadação federal atinge R$ 2,6 trilhões até novembro, novo recorde
Receita Federal: arrecadação bate recorde com R$ 2,6 tri

A arrecadação do governo federal alcançou um novo patamar histórico, fechando o mês de novembro com um volume acumulado no ano de 2,6 trilhões de reais. O valor, já descontada a inflação, representa um crescimento real de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pela Receita Federal.

Desempenho mensal e destaque do IOF

Analisando apenas o mês de novembro de 2025, a União arrecadou 226,8 bilhões de reais. Na comparação com novembro de 2024, que registrou 209,2 bilhões a preços correntes, o aumento nominal foi de 8%, e o crescimento real, após o desconto da inflação, ficou em 3,8%.

O grande destaque do mês foi o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que apresentou uma alta expressiva de 40% na comparação anual. A arrecadação saltou de 6,2 bilhões de reais em novembro de 2024 para 8,6 bilhões em novembro deste ano.

Principais fontes de receita e tributos em queda

Apesar do forte desempenho, o IOF não foi a principal fonte de recursos. A liderança coube às contribuições para a Previdência Social, que somaram 58,4 bilhões de reais em novembro, com um incremento real de 2,8%. Na segunda posição, as receitas do Cofins-PIS/Pasep totalizaram 49,7 bilhões, um aumento de 3,2% em doze meses.

Por outro lado, alguns tributos apresentaram queda. O governo deixou de arrecadar 117 milhões de reais com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que contribuiu com 5,1 bilhões. Outros 741 milhões não entraram nos cofres, referentes ao Imposto sobre Importações e ao IPI vinculado.

Juntos, o Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) tiveram um recuo de 2,2 bilhões de reais na comparação, resultando em uma arrecadação conjunta de 31,9 bilhões em novembro.

Contexto e perspectivas para as contas públicas

O novo recorde de arrecadação, mesmo com recuos pontuais em alguns impostos, demonstra a resiliência da atividade econômica e a eficácia da fiscalização. O acumulado de 2,6 trilhões de reais até novembro sinaliza um ano fiscal robusto para o Tesouro Nacional.

Este desempenho é crucial para o equilíbrio das contas públicas e para o financiamento de políticas sociais e investimentos em infraestrutura. A análise detalhada por tributo ajuda a compreender as dinâmicas setoriais da economia e os efeitos das medidas tributárias recentes.