O vice-prefeito do município de Terezópolis de Goiás, Antônio Carlos da Silva Júnior, foi demitido do cargo de médico plantonista que ocupava na cidade vizinha de Anápolis. A exoneração, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (16), ocorreu devido a um excesso de faltas injustificadas, que ultrapassaram o período de 30 dias consecutivos.
Processo administrativo e ausências
De acordo com a publicação oficial, ficou comprovado que o servidor, filiado ao PSDB, permaneceu ausente de suas funções por mais de 30 dias seguidos, sem apresentar justificativa para as faltas. A Prefeitura de Anápolis informou que um processo administrativo disciplinar já havia sido instaurado contra o médico, com a primeira publicação no Diário Oficial ocorrendo ainda no mês de outubro.
O processo seguiu todas as etapas legais, que incluíram denúncia, despachos, portaria de instauração, citações, direito à defesa, oitiva de testemunhas, interrogatório do acusado e relatório conclusivo de uma comissão processante, antes do desfecho com a exoneração.
Trajetória no serviço público e salário
Antônio Carlos da Silva Júnior era servidor municipal de Anápolis desde abril de 2016. No momento da demissão, ele atuava como médico plantonista no Cais Abadia Lopes, também conhecido como Cais Mulher. Conforme dados disponíveis no Portal da Transparência do município, o último salário registrado na folha de pagamentos foi o de novembro, no valor de R$ 11.894,72.
A reportagem do g1 GO tentou contato com o vice-prefeito e médico para obter um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. A Prefeitura de Terezópolis de Goiás, cidade onde ele exerce o mandato eletivo, também se absteve de comentar a situação.
Consequências e contexto
A demissão por excesso de faltas, especialmente envolvendo um agente público que também ocupa um cargo político relevante, coloca em foco questões de assiduidade e compromisso com o serviço público. O caso ilustra a aplicação da legislação administrativa a todos os servidores, independentemente de outras funções que possam exercer.
O episódio ocorre na Região Metropolitana de Goiânia e envolve duas cidades distintas: Terezópolis, onde Antônio Carlos é vice-prefeito, e Anápolis, onde ele era contratado como médico. A separação entre as funções pública municipal e cargo político eletivo fica evidente com o desfecho administrativo.