34 municípios do Piauí temem não fechar contas em 2026, aponta CNM
Déficit ameaça 34 cidades do Piauí em 2026, diz estudo

Um levantamento fiscal nacional revelou uma situação preocupante para as finanças de diversas cidades do Piauí. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 34 municípios do estado consideram que não conseguirão fechar as contas no ano de 2026. Os dados foram divulgados na última segunda-feira, dia 15 de julho.

Alcance do estudo e panorama piauiense

A pesquisa anual da CNM abrangeu 75% dos municípios de todo o Brasil. No Piauí, especificamente, 121 cidades colaboraram com o estudo, fornecendo informações sobre sua saúde financeira. Apesar da participação expressiva, a identidade dos municípios que integraram a amostra não foi divulgada publicamente.

O cenário não é totalmente negativo em todos os aspectos. O relatório aponta um ponto positivo: a maioria das prefeituras piauienses está conseguindo manter em dia o pagamento de seus servidores. Isso inclui tanto os salários regulares quanto o 13º salário, um compromisso trabalhista de grande impacto no orçamento.

Principais desafios e pontos de tensão

Os gestores municipais relataram à CNM uma série de obstáculos que dificultam a administração das contas públicas. Os fatores mais citados foram a crise financeira e a falta de recursos, os reajustes salariais e a instabilidade política e econômica do cenário nacional.

Contudo, um dado específico evidencia a pressão sobre o caixa das prefeituras: 49 municípios informaram estar com o pagamento de fornecedores atrasado. Essa pendência pode gerar uma cadeia de problemas, afetando serviços essenciais à população e a economia local.

O que esses números significam?

A projeção de que 34 cidades não conseguirão equilibrar suas contas em 2026 serve como um alerta vermelho para os gestores públicos e para a sociedade. Ela indica que, sem medidas corretivas, como um ajuste fiscal rigoroso ou um aumento de receitas, essas administrações podem enfrentar um colapso orçamentário dentro de dois anos.

O estudo da CNM funciona como um importante termômetro das finanças municipais, destacando a necessidade de planejamento de longo prazo e de um diálogo constante com os entes federativos para garantir a continuidade dos serviços públicos.