Celebridades em 2025: Chico, Caetano, Anitta e mais em protestos políticos
Famosos se mobilizam em protestos políticos em 2025

O ano de 2025 ficou marcado por uma intensa movimentação política no Brasil, e as celebridades não ficaram de fora. Artistas, músicos, atores e influenciadores transformaram sua visibilidade em um poderoso instrumento de pressão pública, ocupando ruas, palcos e, principalmente, as redes sociais.

Reação ao julgamento de Bolsonaro e à PEC da Blindagem

Em setembro de 2025, a confirmação da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeou uma onda de manifestações de famosos na internet. José de Abreu, conhecido apoiador do governo Lula, ironizou Bolsonaro ao publicar uma imagem dele caracterizado como Drácula, com a legenda "Conde Nado".

A atriz Alice Wegmann, que estava no ar na novela "Vale Tudo", resgatou um vídeo antigo em que Bolsonaro afirmava que "o voto não é importante". A autora da trama, Manuela Dias, elogiou publicamente a ministra Cármen Lúcia pelo seu voto decisivo no julgamento.

Pouco depois, os protestos se voltaram contra a anistia a golpistas e contra a chamada PEC da Blindagem, proposta que dificultaria investigações de parlamentares. As manifestações que tomaram as capitais foram impulsionadas por ícones da música brasileira.

No Rio de Janeiro, o ato em Copacabana reuniu nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Paula Lavigne. O protesto também contou com a presença dos atores Sérgio Guizé, Jeniffer Nascimento e Luis Miranda, que chegou a ter uma discussão acalorada com uma manifestante.

Em Salvador, o protesto foi liderado por Wagner Moura e Daniela Mercury, que subiram em um trio elétrico ao lado de Lan Lan e Nanda Costa.

A luta por uma mulher no Supremo Tribunal Federal

Outra pauta que ganhou força em 2025 foi a da representatividade feminina, especialmente negra, no STF. Com o anúncio da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, artistas e influenciadores iniciaram uma mobilização para pressionar o presidente Lula a indicar uma mulher para a Corte.

Além de um abaixo-assinado, nomes de grande alcance como Anitta, Angélica, Fernanda Torres, Juliette e Camila Pitanga amplificaram o movimento com publicações nas redes sociais.

Angélica fez um apelo direto ao presidente durante a estreia de seu programa no GNT. "Hoje, nós só temos a ministra Cármen Lúcia lá. Em 134 anos de história, o STF teve 172 ministros e só três mulheres. Isso tem que mudar", afirmou a apresentadora, defendendo ainda que a nova ministra fosse uma mulher negra.

Pressão artística e a decisão presidencial

Apesar da intensa pressão mobilizada pelas celebridades e pela sociedade civil, o presidente Lula não atendeu ao apelo. A vaga no Supremo Tribunal Federal foi preenchida pela indicação de Jorge Messias.

O episódio ilustra o poder de mobilização das celebridades brasileiras, mas também os limites de sua influência em decisões políticas de alto escalão. A magistrada Cármen Lúcia, citada diversas vezes, recebeu homenagens de outras personalidades, como a atriz Carol Castro, que afirmou que "as mulheres têm orgulho" dela.

O ano de 2025 demonstrou que, em um cenário político polarizado, a voz dos famosos pode ser um megafone para causas relevantes, ecoando debates sobre justiça, representatividade e democracia para milhões de brasileiros.