O cenário do conflito entre Rússia e Ucrânia apresentou novos desenvolvimentos nesta semana, marcada por um teste militar de alto nível e declarações assertivas do comando russo. O presidente Vladimir Putin e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, estiveram diretamente envolvidos nos acontecimentos.
Supervisão Presidencial e Avanço Militar
Nesta quarta-feira, 26 de junho, o presidente russo Vladimir Putin e o alto-comandante das Forças Armadas, Valery Gerasimov, supervisionaram pessoalmente o teste do míssil hipersônico Avangard. O ensaio demonstra a continuidade do programa de armamentos avançados do país em meio ao conflito.
Paralelamente, Valery Gerasimov afirmou que as tropas russas estão avançando com confiança sobre as defesas ucranianas, penetrando cada vez mais fundo nas linhas de frente. A declaração foi feita durante uma inspeção ao agrupamento de tropas “Norte”, criado no início de 2024.
Expansão da Zona-Tampão e Objetivos Estratégicos
Em comunicado divulgado na quarta-feira, 31 de julho, Gerasimov revelou uma ordem direta do presidente Putin. A Rússia deve expandir a zona-tampão nas regiões ucranianas de Sumy e Kharkiv até 2026.
O objetivo estratégico é duplo: afastar as forças ucranianas da fronteira russa e criar posições favoráveis para novos avanços territoriais. O agrupamento “Norte” atua especificamente no nordeste da Ucrânia para cumprir essa missão de estabelecer uma área de amortecimento.
Contexto das Negociações e Tensões Recentes
Essas movimentações militares ocorrem em um momento sensível de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, que contam com a mediação do ex-presidente americano Donald Trump.
O processo diplomático enfrentou dias de tensão após acusações do Kremlin de que drones ucranianos tentaram atingir uma residência de Putin em Moscou. O avanço militar anunciado por Gerasimov e a demonstração de força com o míssil Avangard parecem reforçar a posição russa à mesa de negociações.
As informações, reportadas inicialmente pela agência Reuters e por veículos de notícias russos, pintam um quadro de continuidade das operações ofensivas enquanto se discute um possível cessar-fogo. A ordem para expandir a zona-tampão com prazo até 2026 indica que Moscou planeja uma presença militar consolidada na região independentemente do ritmo das tratativas de paz.