Um levantamento exclusivo divulgado nesta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, traça um retrato marcante do desempenho das maiores empresas brasileiras ao longo do ano. O estudo, realizado por Einar Rivero, CEO e fundador da Elos Ayta, revela uma polarização acentuada: de um lado, a Petrobras encabeça as maiores perdas em valor de mercado; do outro, instituições financeiras como BTG Pactual e Itaú Unibanco comandam as valorizações mais expressivas.
As maiores desvalorizações do ano
O cenário negativo para 2025 tem uma protagonista incontestável: a Petrobras. A estatal petrolífera lidera o ranking de perdas após ver seu valor de mercado reduzido em impressionantes 87 bilhões de reais. Essa desvalorização foi contabilizada no período entre 31 de dezembro de 2024 e o fechamento do pregão do dia 23 de dezembro de 2025.
Na sequência das maiores quedas, aparecem a Ambipar, com retração de 21,2 bilhões de reais, e a Weg, que completa o pódio das desvalorizações com uma redução de 18,8 bilhões de reais em seu valor de mercado.
Um dado que chama a atenção no estudo é a presença de duas empresas estatais entre as perdas mais relevantes do ano. Além da Petrobras, que lidera o ranking negativo, o Banco do Brasil figura entre as dez maiores quedas, registrando uma perda de 13,8 bilhões de reais no período analisado.
A leitura desses números ganha uma dimensão ainda mais impactante quando se observa a concentração do prejuízo. Somadas, as desvalorizações da Petrobras e do Banco do Brasil acumulam uma redução total de 100,8 bilhões de reais em valor de mercado. Esse montante, sozinho, é superior à soma das perdas das outras oito empresas que compõem a lista das maiores desvalorizações do ano.
Setor bancário brilha com os maiores ganhos
No extremo oposto do desempenho empresarial em 2025, o levantamento destaca as dez companhias que mais ganharam valor de mercado. Aqui, um traço comum se destaca de forma clara: a forte e dominante presença do setor bancário.
Entre as cinco empresas com maior crescimento de valor de mercado no ano, três são bancos, sinalizando uma valorização consistente e robusta do setor financeiro aos olhos dos investidores ao longo de 2025.
Liderando a lista positiva estão o BTG Pactual e o Itaú Unibanco. O BTG Pactual viu o preço de seus ativos crescer em 150 bilhões de reais, enquanto o Itaú Unibanco registrou um incremento de 131 bilhões de reais em seu valor de mercado.
Completando o pódio das maiores valorizações, a mineradora Vale adicionou 78,3 bilhões de reais ao seu valor de mercado no período. O Bradesco, terceiro banco a aparecer na lista de ganhadores, ficou com a quarta posição, após um incremento de 66,5 bilhões de reais.
Conclusões e impactos no mercado
O estudo de Einar Rivero, divulgado em 26 de dezembro de 2025, oferece um panorama final significativo sobre a performance das grandes capitais brasileiras. A disparidade entre os setores é evidente, com o financeiro saindo como claro vencedor e o segmento de estatais, notadamente a Petrobras, enfrentando um ano de fortes ventos contrários.
A concentração das perdas em poucas empresas, especialmente nas estatais, e a distribuição dos ganhos entre players do setor bancário e de commodities, como a Vale, desenham um mapa de investimentos de 2025 marcado por setores específicos. Esses números consolidados até 23 de dezembro servem como um importante termômetro para a confiança dos investidores e apontam tendências setoriais que devem influenciar as estratégias para o ano seguinte.
