Mercado prevê inflação de 4,32% em 2025, abaixo do teto da meta
Inflação em 2025 deve fechar em 4,32%, prevê mercado

O mercado financeiro mantém uma visão de controle inflacionário para o próximo ano, com a expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 feche em 4,32%. Esse resultado ficaria abaixo do limite superior da meta, que é de 4,5%, conforme divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29).

Expectativas para a economia brasileira

Além da inflação, o Boletim Focus, relatório semanal que consolida as projeções do mercado, manteve estável a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, em 2,26%. Para os anos seguintes, as estimativas também se mantiveram: crescimento de 1,80% tanto para 2026 quanto para 2027.

O documento não apresentou novas projeções para a taxa básica de juros, a Selic, por se tratar da última semana do ano, quando os números já estão praticamente consolidados. A taxa segue no patamar de 15% ao ano, mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) desde a reunião de junho.

Inflação em trajetória de queda

A previsão para o IPCA de 2025 registrou sua sétima queda semanal consecutiva. Há uma semana, a estimativa era de 4,33%, e há quatro semanas, de 4,43%. A meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com um intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%.

O IPCA acumulado em 12 meses até novembro está em 4,46%, também dentro da banda estabelecida. Em novembro, a inflação mensal foi de 0,18%, impulsionada principalmente pelo aumento no preço das passagens aéreas.

Para os anos futuros, o mercado projeta uma continuidade no processo de desaceleração: IPCA de 4,05% em 2026 e de 3,8% em 2027.

Câmbio e cenário da taxa de juros

No mercado de câmbio, a projeção para o fim de 2025 é que o dólar seja negociado a R$ 5,44, uma ligeira alta em relação à estimativa da semana anterior, de R$ 5,43.

A Selic, atualmente em 15% ao ano, encontra-se no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. O ciclo de alta teve início em setembro de 2024, quando a taxa saiu de 10,5% ao ano. Para o final de 2026, o Focus ainda projeta uma Selic em 12,25%.

O cenário econômico se apoia no crescimento de 3,4% do PIB em 2024, o quarto ano seguido de expansão e o melhor resultado desde 2021, quando a economia brasileira avançou 4,8%.