O mercado financeiro encerra o ano de 2025 com um cenário macroeconômico praticamente estável, segundo o último levantamento semanal do Banco Central. O Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, 26 de dezembro, trouxe apenas ajustes marginais nas principais projeções, com destaque para uma nova leve queda na expectativa para a inflação.
Inflação em trajetória de queda
As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguem em um movimento de baixa. Para 2025, a mediana das projeções dos analistas e instituições financeiras recuou de 4,33% para 4,32%.
O otimismo moderado se estende aos anos seguintes. A expectativa para 2026 também caiu um ponto base, indo de 4,06% para 4,05%. Já as projeções para 2027 e 2028 foram mantidas em 3,80% e 3,50%, respectivamente, reforçando a perspectiva de que a inflação continuará convergindo para a meta ao longo do tempo.
Cenário de atividade e câmbio sem grandes mudanças
No front da atividade econômica, o mercado mantém a visão de um crescimento moderado. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 segue em 2,26%. Para 2026, a projeção permanece em 1,80%.
Houve um ajuste mínimo para 2027, com a estimativa caindo de 1,81% para 1,80%. A projeção para 2028 foi mantida em 2%, indicando uma recuperação gradual, porém contida.
No câmbio, as alterações também foram pontuais. A cotação média esperada para o dólar em 2025 subiu ligeiramente, de R$ 5,43 para R$ 5,44. As projeções para 2026 e 2027 ficaram estáveis em R$ 5,50. Para 2028, a estimativa avançou de R$ 5,51 para R$ 5,52.
Juros e o cenário regulatório
O mercado não alterou suas projeções para a taxa básica de juros, a Selic, nos próximos anos. As expectativas permanecem em:
- 12,25% ao ano em 2026
- 10,50% ao ano em 2027
- 9,75% ao ano em 2028
O relatório destaca que os participantes do mercado aguardam a publicação de novas regras que estão sendo preparadas pelo Banco Central, um ponto de atenção para o futuro próximo.
Em resumo, o último Boletim Focus de 2025 consolida um cenário de estabilidade e ajustes finos. A leve queda nas projeções de inflação é o principal destaque, enquanto as expectativas para crescimento, câmbio e juros permanecem praticamente inalteradas, refletindo uma visão cautelosa, porém estável, para a economia brasileira nos próximos anos.