Baleia-jubarte é encontrada morta na praia de Itaipuaçu, em Maricá
Baleia-jubarte morta na praia de Itaipuaçu, Maricá

Uma baleia-jubarte foi encontrada sem vida nas águas da Praia de Itaipuaçu, no município de Maricá, na manhã desta sexta-feira, 26 de janeiro. O animal marinho de grande porte foi avistado no mar e depois levado pelas ondas até a faixa de areia, próximo à Rua 14.

Resposta Imediata das Autoridades

Diante do ocorrido, a Prefeitura de Maricá acionou rapidamente uma equipe especializada. Profissionais do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Maqua/Uerj) se deslocaram até o local para iniciar os procedimentos técnicos necessários.

A principal ação dos especialistas será a realização de uma necropsia completa no animal. O objetivo do exame é coletar amostras de tecidos e órgãos que possam fornecer pistas sobre as circunstâncias que levaram ao óbito da jubarte.

Destino do Animal e Contexto na Região

Conforme informado pela administração municipal, após a conclusão dos trabalhos de coleta de material para análise, o corpo da baleia será removido e encaminhado para um local devidamente licenciado para receber e tratar os restos mortais de um animal de tal magnitude.

Este não é o primeiro caso do tipo registrado recentemente na Região dos Lagos. Em outubro do ano passado, outra baleia também apareceu morta, dessa vez na Praia de Jaconé, situada no município de Saquarema, reforçando a atenção sobre a ocorrência desses eventos na costa fluminense.

Importância da Investigação Científica

A investigação conduzida pelo Maqua/Uerj é fundamental não apenas para determinar a causa específica da morte deste indivíduo, mas também para monitorar a saúde populacional das baleias-jubarte que frequentam a costa brasileira. Esses gigantes dos oceanos realizam migrações anuais entre as áreas de alimentação nas regiões polares e as águas mais quentes do litoral brasileiro para reprodução.

Fatores como colisões com embarcações, emalhe em redes de pesca, ingestão de lixo plástico, doenças ou causas naturais estão entre as possibilidades que serão avaliadas pelos pesquisadores. O resultado das análises contribui para políticas de conservação da espécie, que se recupera da caça comercial mas ainda enfrenta diversas ameaças.