Lula pede demissão de servidor da CGU flagrado agredindo ex e filho de 4 anos
Servidor da CGU agride ex e filho; Lula pede demissão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, nesta quinta-feira, 25 de dezembro de 2025, a abertura de processo disciplinar e a demissão de um servidor da Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão ocorre após a divulgação de um vídeo em que David Cosac Junior aparece agredindo sua ex-companheira e o filho dela, um menino de apenas quatro anos de idade.

Agressão foi registrada por câmeras de segurança

As imagens que chocaram o país foram captadas por câmeras de segurança na garagem do prédio onde a família residia, em Águas Claras, no Distrito Federal. O episódio de violência aconteceu no dia 7 de dezembro. Nas gravações, é possível ver o momento em que o servidor público desfere socos e tapas contra a mulher, que segurava a criança no colo. A vítima tentou se proteger e defender o filho, culminando na queda de ambos no chão.

Após o ocorrido, a mulher decidiu romper o relacionamento e buscou a Justiça. O Instituto Médico-Legal (IML) confirmou as lesões sofridas pela criança, corroborando as imagens do vídeo.

Resposta imediata da Justiça e do governo

Na véspera de Natal, 24 de dezembro, a juíza Roberta Magalhães, do Juizado de Violência Doméstica de Águas Claras, concedeu uma medida protetiva em favor do menino. A decisão judicial proíbe Cosac Junior de se aproximar a menos de 300 metros da criança, de frequentar sua residência ou de estabelecer qualquer contato, seja por telefone ou mensagens eletrônicas.

Diante da gravidade do caso, o presidente Lula se manifestou publicamente. Em suas redes sociais, o mandatário classificou a agressão como "inadmissível" e determinou ao ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, que tomasse as providências cabíveis. "Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças estejam eles onde estiverem", afirmou Lula, reforçando o compromisso de seu governo no combate à violência contra a mulher.

CGU afasta servidor e abre processo disciplinar

O ministro Vinícius Marques de Carvalho atendeu imediatamente à determinação presidencial. Por meio de uma nota oficial, a Controladoria-Geral da União informou que afastou David Cosac Junior do cargo de chefia que ocupava temporariamente e o proibiu de adentrar os prédios do órgão. Foi determinado também o início de um processo administrativo disciplinar.

A CGU fundamentou a ação citando a Lei nº 8.112/1990, que rege o regime jurídico dos servidores públicos federais. O órgão alegou que os fatos configuram violação grave ao dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa, conforme previsto no artigo 116, inciso IX da legislação.

Além do processo administrativo, uma investigação criminal foi instaurada para apurar as agressões. A defesa de David Cosac Junior não se manifestou até o momento, conforme informado pela reportagem, que segue aguardando um posicionamento.