O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso, passou por uma cirurgia para correção de hérnias inguinais no dia de Natal, 25 de dezembro, mas pode necessitar de um novo procedimento intervencionista nos próximos dias. A informação consta no boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star, em Brasília, onde a operação foi realizada.
Detalhes da cirurgia e situação clínica
A cirurgia, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorreu na manhã da quinta-feira e durou aproximadamente três horas e meia. O procedimento foi considerado bem-sucedido e sem intercorrências pelo corpo médico.
Após a operação, Bolsonaro foi encaminhado para o quarto, mas ainda não há uma previsão definida para sua alta hospitalar. O boletim informa que ele seguirá em cuidados pós-operatórios, que incluem analgesia, fisioterapia motora e prevenção de trombose venosa.
Possibilidade de um segundo procedimento
O ponto de maior atenção no comunicado médico é a menção à necessidade de um possível novo procedimento. Os médicos estão otimizando o tratamento clínico para soluços persistentes que o ex-presidente apresenta.
Segundo o cirurgião Claudio Birolini, a decisão sobre uma intervenção adicional será tomada após observação da resposta de Bolsonaro à medicação e à dieta. Caso seja necessário, este novo procedimento poderá ser realizado já na segunda-feira, 29 de dezembro.
Birolini explicou em coletiva de imprensa que a equipe optou por uma postura de precaução, priorizando o tratamento clínico antes de qualquer nova intervenção cirúrgica.
Contexto jurídico e autorização
A defesa de Jair Bolsonaro solicitou ao STF a autorização para a cirurgia e também pelo retorno à prisão domiciliar. O ministro Alexandre de Moraes determinou, primeiramente, que peritos da Polícia Federal avaliassem a saúde do ex-presidente.
O laudo pericial concluiu que a cirurgia era eletiva, mas recomendou que fosse realizada o mais breve possível. Com base nisso, Moraes autorizou a internação na véspera de Natal, 24 de dezembro, para que o procedimento ocorresse no dia seguinte.
A situação mantém o ex-presidente sob custódia legal, agora em ambiente hospitalar, enquanto se recupera e aguarda a avaliação sobre a necessidade de uma segunda operação.
